Publicada em 06/05/2022 às 08h53
Apesar da escalada das tensões entre a Rússia e o Ocidente nas últimas semanas, Moscou garantiu nesta sexta-feira (6) que não usará armas nucleares em ataques em território ucraniano.
O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Alexei Zaistev, afirmou que este tipo de armamento não faz parte da "operação especial militar", como o Kremlin chama a guerra na Ucrânia.
A garantia é feita dois dias depois de a Rússia anunciar que testou mísseis com capacidade nuclear em uma base do país, deixando o mundo em alerta.
Ao longo das últimas semanas, o presidente russo, Vladimir Putin, fez repetidas ameaças de escalada da guerra a níveis sem precedentes. Na semana passada, diante do crescente envio de armas do Ocidente à Ucrânia, Putin prometeu "respostas fulminantes" a quem interferisse na guerra da Ucrânia.
O diretor da CIA, a agência de inteligência dos Estados Unidos, William Burns, já havia afirmado que o potencial de uso de armas nucleares não podia ser descartada.
Arsenal russo
A Rússia tem muitas armas nucleares táticas, menos poderosas do que a bomba de Hiroshima, por exemplo. Menor em carga explosiva do que uma arma nuclear estratégica, a arma nuclear tática é teoricamente destinada ao campo de batalha, sendo transportada por um vetor com alcance inferior a 5.500 km.