Publicada em 04/05/2022 às 11h04
Porto Velho, RO – A versão em inglês do site Mongabay, especializado em jornalismo ambiental, trouxe reportagem especial destacando a destruição da floresta na Amazonia ao longo da BR-319.
O texto assinado por Naira Hofmeister e traduzido por Carol de Marchi e André Cherri aborda como o presidente da República Jair Bolsonaro, do PL, contribuiu com o desmatamento ao longo da rodovia que liga Amazonas a Rondônia.
CONFIRA A ÍNTEGRA
Aumento do desmatamento à medida que o Brasil pressiona para pavimentar uma estrada esquecida na Amazônia
A notícia aborda quatro pontos principais.
A taxa de desmatamento e a incidência de incêndios aumentaram em 2021 em uma extensão da Amazônia onde o governo brasileiro planeja pavimentar uma estrada abandonada.
Também assevera que a BR-319 foi construída na década de 1970 para ligar as cidades amazônicas de Manaus e Porto Velho, mas caiu em desuso em poucos anos e foi abandonada.
Indica, ainda, que sucessivos governos pediram para revivê-la pavimentando uma seção de 400 km (250 milhas) de estrada de terra, “mas é apenas sob o atual governo do presidente Jair Bolsonaro que o plano parece provável que vá adiante”.
Por fim, anota que a perspectiva de pavimentação da estrada tem gerado uma onda de desmatamento e incêndios por grileiros nas proximidades da estrada, inclusive em territórios indígenas e unidades de conservação, com a situação continuando a piorar.
O aumento do desmatamento e dos incêndios aumentou os alarmes sobre o destino da Amazônia, que os cientistas alertam que já está perdendo sua capacidade de regeneração ecológica . Isso tem grandes repercussões para o resto do planeta, já que a Amazônia desempenha um papel central na regulação da temperatura da Terra.
“Esta é uma região muito importante em termos de biodiversidade”, diz Fernanda Meirelles, coordenadora de políticas públicas do IDESAM e secretária executiva do Observatório BR-319. “Ele está localizado na região interfluvial de dois rios e, além dos 69 territórios indígenas, possui vários outros não reconhecidos, inclusive os de tribos isoladas .”
Essa faixa específica do Amazonas, delimitada pelos rios Purus e Madeira, ambos afluentes do rio Amazonas, também abriga dezenas de comunidades florestais de subsistência. Conhecidos como comunidades extrativistas, vivem dos recursos da floresta e há gerações ajudam a preservá-la, mas agora se veem obrigados a adotar o modo de vida de forasteiros.