Publicada em 07/06/2022 às 12h36
A Oficina Estadual para Fortalecimento e Implantação de Grupos de Autocuidado – GAC em Hanseníase, acontece em Porto Velho de 6 a 8 de junho, com ações do Governo de Rondônia em parceria com a Universidade Federal de Pernambuco – UFPE e da ONG NHR Brasil. Com o foco de fortalecer os 18 grupos existentes no Estado e criar outros de autocuidado em Hanseníase, especialistas trazem pesquisas e métodos conceituais para o aprimoramento e cuidados aos pacientes da região.
Participam da oficina, profissionais de saúde que atuam nos serviços de prevenção à hanseníase nos municípios de Ariquemes, Buritis, Monte Negro, Machadinho d’Oeste, Ji-Paraná, Ouro Preto do Oeste, Jorge Teixeira, Nova Brasilândia d’Oeste, Parecis, Alta Floresta d’Oeste, Rolim de Moura, São Miguel, Vilhena, Cacoal, Pimenta Bueno e Guajará-Mirim.
Além do corpo técnico da Agevisa que organizou o evento, fazem parte das palestras facilitadoras da UFPE, Danielle Moura e Raphaela Delmandes, e da consultora técnica da Ong NHR Brasil, Marize Conceição Ventim Lima.
O evento estava programado para antes da pandemia, mas com o advento e expressividade desta, houve dificuldades para prestar o acompanhamento presencial.
“O período fragilizou o trabalho realizado em alguns grupos de autocuidado, e por isso queremos focar no fortalecimento e na expansão desse trabalho. O Estado tem sido referência nas discussões nacionais e se destaca nas estratégias de gestão com ações que dão visibilidade à política pública”, disse o diretor-geral da Agência Estadual de Vigilância em Saúde – Agevisa, Gilvader Gregório de Lima.
GRUPOS DE AUTOCUIDADO
A hanseníase representa um grave problema de saúde pública devido ao alto potencial incapacitante. É uma doença marcada pela repercussão psicológica gerada pelas deformidades e incapacidades físicas, que é uma das causas do estigma e isolamento das pessoas.
Os grupos de autocuidado são espaços importantes para o paciente aprender e diariamente praticar o autocuidado, ajuda ainda evitar sequelas neurológicas como incapacidades e deformidades físicas, além de detectá-las precocemente. Também criam oportunidades de socialização, empoderamento, mudança de atitudes, sentimento de pertencimento na sociedade e o fortalecimento da autonomia biopsicossocial, o que contribui com a redução do estigma, promovendo assim, uma interatividade social ao portador da doença.
“Além do tratamento adequado é de fundamental importância que a pessoa acometida pela doença realize o autocuidado para evitar o surgimento de problemas ou detectá-los precocemente. Os grupos de autocuidado são compostos por multiprofissionais que podem auxiliar nesta perspectiva da política pública”, conceituou a coordenadora estadual dos grupos de autocuidado da Agevisa, Edna Botelho.