Publicada em 20/06/2022 às 16h06
Vinte e uma alunas do Curso de Formação Inicial em Pintoras de Obras Prediais concluíram nesta semana a primeira etapa do curso ministrado no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Rondônia (IFRO), Campus Porto Velho Calama. Realizada em parceria com a Secretaria Nacional de Políticas para Mulheres (SNPM), do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, a atividade faz parte do Projeto Mulheres de Origem, destinado a mulheres de baixa renda ou que estejam em vulnerabilidade econômica.
De acordo com a Coordenadora do Projeto, Sari Possari, o curso com 180 horas de duração finaliza agora sua primeira etapa com as atividades práticas exercidas no campus. Nessa etapa, conforme exemplificou o Engenheiro Civil Felipe de Araújo Fernandes, as alunas aprenderam as práticas de pintura com o estudo e o preparo de superfícies, técnicas de pintura e emassamento, patologia de pintura defeituosa, preparo e quantidade de tintas e características do sistema de pintura.
Para que pudessem ter o transporte assegurado para assistir às aulas, as participantes receberam auxílio de R$ 100 por mês, durante os primeiros três meses de curso. Nessa etapa, as alunas também fizeram visitas técnicas e foram conhecer a dinâmica de algumas obras civis, conforme informou o supervisor das atividades, o Engenheiro Civil Celso José Roberto Soares Júnior, que faz o acompanhamento e o apoio às estudantes e aos professores.
Preparação para o mercado de trabalho
A Coordenadora Sari explicou que nessa última fase do projeto as alunas passarão a contar com estágios que vão auxiliar na prática e no apoio para acompanhamento e colocação profissional. Ela explicou que somente após essa etapa, com 100 horas de duração, poderão receber o certificado de conclusão do curso, pois estarão aptas para concorrer no mercado de trabalho.
Acompanhadas pelo Engenheiro Civil Aedjota Matos de Jesus, as alunas receberão instruções para montar um currículo, um relatório de emprego e um contrato de trabalho, bem como será feito o monitoramento das atividades e a busca de colocação das novas profissionais junto a empresas da capital. Ainda segundo o monitor, essa etapa vai além da experiência didática, sendo a fase de busca de inserção das pintoras em obras civis, informando que esse campo conta com um mercado promissor, responsável por 15% do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro, detentor de 1,35 trilhões de reais. “É um mercado com grande potencial. Nosso esforço agora será para acompanhar os estágios e conseguir as vagas”, disse, informando ainda que vem fazendo contatos com empresas construtoras e órgãos como o Sine (Sistema Nacional de Empregos) para o estabelecimento de parcerias para as colocações em que elas poderão conseguir trabalhar como empregadas ou prestadoras de serviços.
Experiência
As alunas também exerceram práticas de pintura nas dependências do IFRO Campus Calama, nos parapeitos dos corredores, como também nos galpões que guardam materiais. Manicure e Diarista, Maria Inês Barbosa, moradora do bairro Castanheira, disse que quer se tornar uma profissional de pintura. Posteriormente, ela quer fazer o curso de eletricista. Achou o curso bastante proveitoso e comentou que está preparada para a prática, já conhece os tipos de tintas e sabe calcular para saber quanto se utiliza de tinta numa superfície.
Conforme a Pedagoga Júlie Leane Pessoa do Nascimento, o curso foi curto e bom, bem exemplificado e bem ministrado. Ela trabalha numa clínica com educação infantil para crianças especiais com déficit de aprendizagem e disse que aproveitou o tempo da pandemia para aprender pintura de obras. “Quero aprender técnicas de restauração. Aprendi como tratar uma superfície, os tipos de tintas, as quantidades e as pinturas para interiores e exteriores”, destacou.