Publicada em 10/06/2022 às 15h13
Porto Velho, RO – O Juízo da Vara Única da Comarca de Presidente Médici vai mandar para julgamento pelo júri popular o pistoleiro J. B. de O. após dezessete anos, pelo assassinato de um comprador de gado durante uma emboscada na zona rural de Nova Basilândia.
A vítima foi morta por engano e trucidada a tiros de revólveres e escopeta, tendo o corpo ainda jogado ao rio junto com sua motocicleta, além de dinheiro, celular, documentos pessoais, carteira e um revólver calibre 38 que trazia consigo. O crime aconteceu por volta das 21 horas do dia 10 de maio de 2001.
Segundo informações da Polícia, o crime envolve outro assassinato na região da 429 e o alvo era outro pistoleiro que foi contratado para fazer a segurança de uma fazenda que estava sob perigo de invasão por sem-terras. Ele foi contratado pelo capataz, a pedido da dona da fazenda.
Após a contratação, o capataz da fazenda forneceu os armamentos para o pistoleiro-alvo que contratou outros homens armados para a empreitada. Essa incursão resultou na morte de um outro camponês da região em Alvorada D´Oeste. Isso teria sido o estopim para que todo o bando de pistoleiros fossem ´demitidos´.
Os pistoleiros então resolveram se vingar do "segurança" da fazenda , pois desconfiaram que ele estaria passando informações à Polícia sobe o assassinato do camponês e tramaram a sua morte. O próprio capataz da fazenda foi quem articulou a emboscada e forneceu as armas aos grupos para a vingança.
A tocaia foi montada após a ponte do Muqui. Os acusados aguardaram a vinda da vítima. O comprador de gado assassinado era parecido com o pistoleiro-alvo, inclusive utilizava uma motocicleta semelhante, e tão logo passou pela ponte, começaram os tiros.
Ele conseguiu sair ileso e uma perseguição iniciou-se até que ele fosse derrubado da motocicleta e trucidado com vários tiros, mesmo indefeso e ferido.
Todos os acusados, inclusive a dona da fazenda, e o capataz, já foram julgados e vários condenados (outros morreram antes de serem julgados). Apenas o pistoleiro J.B.O acusado de participação no crime, ainda não foi julgado porque só foi capturado em maio do ano passado.
Ele negou ter participado do homicídio do comprador de gados e que na época morava no Mato Grosso, tendo sido contratado pela dona da fazenda apenas para mexer com gado. Um dos acusados disse em Juízo, que J.B.O era quem conduzia camionete com os outros pistoleiros, no dia do crime.