Publicada em 23/06/2022 às 11h13
Entregue no início do mês pela Prefeitura de Porto Velho, o Lar do Bebê funciona como um espaço de proteção provisória e de acolhimento institucional, oferecendo um ambiente acolhedor para crianças em situação de vulnerabilidade social.
Nos últimos dois anos, cerca de 80 crianças, de 0 a 10 anos, deram entrada na unidade. Deste total, 15% ganharam um novo lar após a finalização do processo de adoção, realizado pela Vara de Proteção à Infância e Juventude de Porto Velho.
Segundo a psicóloga responsável pelo acolhimento das crianças no Lar do Bebê, Aciê Iguchi, o processo de adoção, que começa pelo juizado, pode levar até dois anos para ser finalizado. Ela explica que após passar pela fila de espera, os futuros pais adotivos, junto a criança adotada, passam por um período de aproximação, que é executado pela equipe técnica do Departamento de Proteção Social Especial (DPSE), da Secretaria Municipal de Assistência Social e Família (Semasf), em conjunto com a Vara de Infância e Juventude.
Aciê Iguchi, psicóloga responsável pelo acolhimento na unidadeO município também trabalha em outro tipo de cenário. O de retorno da criança e adolescente ao antigo lar. “Antes das crianças entrarem para adoção, todo um trabalho é feito no núcleo familiar de onde ela saiu para tentar melhorar o ambiente e inseri-la de volta no seio familiar. Caso não seja possível, nós procuramos outros parentes mais próximos que possam contribuir para o desenvolvimento da criança”, destacou a profissional.
Ainda segundo Aciê Iguchi, entre os fatores que levam crianças e adolescentes à unidade de acolhimento estão o não comparecimento à escola, privação de alimento adequado, abandono e conflitos familiares.
Além dos serviços de acolhimento, no Lar do Bebê também é desenvolvido o projeto Apadrinhando Uma História, que consiste em receber pessoas físicas e jurídicas dispostas a desenvolverem atividades de ensino voltadas às crianças.