Publicada em 14/06/2022 às 09h58
Na última segunda-feira, dia 13, foi exibida a participação de Mônica Martelli no Conversa com Bial. Durante a conversa, a atriz relembrou a carreira artística, falou sobre os trabalhos atuais e revelou os planos futuros. Ao falar sobre os filmes Os Homens São de Marte... e É pra lá que Eu Vou e Minha Vida em Marte estrelados ao lado de Paulo Gustavo, ela se emocionou com as memórias do grande amigo, que morreu em 2021 em decorrência de complicações da Covid-19.
- A cena de Nova York é uma cena que eu acho que deve ser uma das que mais viralizou, que ele fala: Vamos esbarrar nas pessoas e dizer sorry? Aquilo ali não tem nem humor, mas é aquela coisa gostosa da intimidade, da cumplicidade depois amigos. A última vez que eu fui em Nova York, nem consegui passar naquela calçada.
E, continuou:
- O luto é uma coisa muito louca porque são várias fases, que eu já sabia: a negação, a raiva, a depressão, a negociação, depois aceitação. Só que eu achei que você passava por elas de uma forma linear e não é assim, você nega, no dia seguinte está tomando vinho em casa e você pensa que está melhor, aí volta e está pior. É totalmente irregular, é instável. Muito difícil.
Mônica revelou que a amizade entre os dois era tão verdadeira que em alguns momentos era como se eles não estivessem atuando no filme, mas apenas sendo eles mesmos.
- Em uma das cenas, eu falava para ele: Eu gosto de fazer tudo com você, a gente só não transa.
A artista também contou que a palavra saudade não é suficiente para definir o que sente:
- Não tem aceitação! Quando alguém pergunta se eu sinto muita saudade, eu falo que saudade é uma palavra que não dá conta para o que eu sinto, é pouco, é uma falta diária daquela pessoa que te ligava o dia inteiro. O telefone tocava e você sabia que era uma risada. Telefone tocava e ele dizia: Amor, estou aqui vendo um video eu, você ri agora com a cabeça para trás, mostra a arcada inteira do dente, você pirou? Está com a obturação prateada, tem que trocar para branco. Eu falava: Que isso gente?
E revelou que o humorista era tão importante que tinha o poder de opinar em sua vida.
- Era o dia inteiro brincando, rindo e fora que ele opinava muito na minha vida. Paulo Gustavo interferia diretamente na minha vida. Todas as dúvidas que eu tinha. Eu confiava na cabeça dele, na visão que ele tinha de mundo. Ele era muito inteligente.
Salientando que o trabalho dela é todo baseado nas próprias vivências, Mônica finalizou revelando que pretende lançar uma continuação para o filme Minha Vida em Marte como uma forma de lidar com a dor da perda de Paulo Gustavo e colocar os sentimentos para fora.