Publicada em 11/06/2022 às 10h49
Em menos de dois meses terão início as convenções partidárias (20 de julho a 5 de agosto), que definirão os candidatos às eleições gerais de outubro próximo, quando serão eleitos o presidente da República, governadores e respectivos vices, uma das três vagas de cada Estado e do Distrito Federal ao Senado, além de deputados federais e estaduais. Pré-candidatos ao governo de Rondônia estão percorrendo o Estado em busca de parcerias, pois este ano não teremos coligações, que facilitavam a eleição de políticos ruins de votos, e que se beneficiavam da popularidade de outros, que “carregavam” as coligações elegendo pessoas de pouca densidade eleitoral.
Sem as convenções, as pessoas que desejam concorrer aos cargos eletivos, mesmo que já estejam escolhidos pelos partidos podem fazer uma pré-campanha. Coisas de Brasil, onde o político pode manter contatos com as lideranças, dizer que são pré-candidatos, mas não que é candidato (!).
As perspectivas sobre as eleições em Rondônia não estão diferentes de anos anteriores. A política do denuncismo já toma conta do noticiário e o governador Marcos Rocha (União Brasil), que é pré-candidato à reeleição “apanha” da maioria dos demais pré-candidatos. Normal, pois está no poder e com chances enormes, reais, de chegar ao segundo turno, pois está no poder e tem bons programas de governo em andamento.
O questionamento é sobre os motivos de pré-candidatos como o senador Marcos Rogério (PL) e o deputado federal Léo Moraes (Podemos), nas suas andanças pelo Estado estarem “descendo a lenha” no governador. Será esse o melhor caminho, ou seria um tiro n’água?
Acreditamos que não.
Será muito difícil, que Marcos Rocha não esteja na disputa do segundo turno das eleições. Tem bons programas sendo aplicados nos municípios em parcerias com os prefeitos, sem distinção de partido. Inclusive recebeu elogios e agradecimentos públicos do prefeito de Porto Velho, Hildon Chaves, hoje a maior liderança do PSDB, partido adversário de Rocha. E a situação não é diferente na maioria dos demais municípios. Se não há exaltações ao apoio recebido do governo, que é obrigação de todo administrador público, e não favor, as críticas são mínimas, insignificantes.
Os candidatos a governador em Rondônia devem mostrar propostas viáveis, palpáveis e que estejam se adequando aos interesses da maioria da população. O denuncismo não tem mais sentido na política.
Com o advento das redes sociais e a velocidade da informação, e também de desinformação impressiona. Pessoas que pretendam disputar cargos eletivos devem se municiar de um bom –e viável– programa de governo para poder conseguir o voto. Não basta denunciar, criticar, apontar defeitos. O povo quer solução, propostas palpáveis são fundamentais nas campanhas políticas da era digital.
Os adversários de quem está no governo devem esquece-lo durante a pré-campanha e na campanha. Quem está com a “máquina” administrativa na mão e sabe usá-la, como o atual governo tornar-se um adversário difícil de ser superado, tarefa menos difícil em uma eleição de segundo turno. Quem se antecipa em apontar erros e irregularidades sem soluções, perde espaço e acaba favorecendo o adversário.
Tem que ter reserva para uma eleição em segundo turno. E em Rondônia não tem como fugir disso.