Publicada em 03/06/2022 às 15h46
A máxima autoridade judicial da Suíça indicou nesta sexta-feira que os motoristas de Uber devem ser considerados empregados e confirmou uma decisão de Genebra que exige que a empresa cumpra com a lei para continuar operando.
O tribunal de Justiça do cantão de Genebra "não atuou de forma arbitrária em relação ao serviço de transporte ao encontrar uma relação trabalhista entre os motoristas de Uber que operam em Genebra" e a empresa, indicou a Corte em nota.
"Em resumo, os motoristas de Uber não podem mais ser considerados como autônomos, mas reconhecidos como empregados", afirmaram as autoridades do cantão em nota.
"A empresa deverá suspender sua atividade até que cumpra a lei", acrescentaram.
Sendo assim, a partir da meia-noite de sábado, a Uber não poderá operar em Genebra.
Segundo o cantão, a decisão constitui "um grande avanço para as condições de trabalho, a proteção dos trabalhadores e a luta contra a concorrência desleal".
O serviço Uber está disponível em muitas cidades suíças, como Berna, Zurique e Lausanne. Em nota, a Uber disse que centenas de motoristas serão afetados em Genebra.
A empresa californiana declarou que a decisão "não deixa outra opção além de suspender temporariamente (seus) serviços no cantão até uma retomada do diálogo com as autoridades para que seja encontrada uma solução aceitável para todos".