Publicada em 01/07/2022 às 14h45
O general Walter Braga Netto foi exonerado da assessoria da Presidência da República nesta sexta-feira (1º). O militar é cotado para ser vice do presidente Jair Bolsonaro (PL) nas eleições deste ano.
A informação foi publicada inicialmente pelo blog do jornalista Lauro Jardim, no jornal O Globo.
Para concorrer à vice-presidência, Braga Netto não poderia estar em cargo público. O posto dele será assumido por José Vicente Santini, que estava na Secretaria Nacional de Justiça do Ministério da Justiça e Segurança Pública. A troca foi publicada na edição desta sexta do "Diário Oficial da União".
Também foram exonerados Tercio Arnaud, assessor especial da Presidência, e Mosart Aragão, assessor do gabinete pessoal de Bolsonaro. Arnaud, segundo investigações do inquérito das fake news, é integrante do chamado "gabinete do ódio", estrutura acusada de espalhar notícias falsas a favor do governo e contra adversários. No Twitter, ele postou que vai ser disputar a eleição como suplente de senador na Paraíba.
Demissão por voar com a FAB
Escolhido para o lugar de Braga Netto, Santini já ocupou o cargo de secretário-adjunto da Casa Civil da Presidência da República e foi exonerado em janeiro de 2020 por Bolsonaro após ter usado um voo da Força Aérea Brasileira para acompanhar a comitiva presidencial em viagem oficial à Índia. Bolsonaro se irritou por Santini não ter usado voo comercial.
Em setembro de 2020, Santini, ligado aos foi nomeado como assessor do Ministério do Meio Ambiente. Em fevereiro de 2021, assumiu o cargo de secretário-executivo da Secretaria-Geral da Presidência da República e, em agosto desse mesmo ano, foi nomeado para a chefia da Secretaria Nacional de Justiça do Ministério da Justiça.
Ele foi citado em uma investigação da Polícia Federal que apura se funcionários do Ministério da Justiça teriam tentado interferir no processo de extradição do blogueiro bolsonarista Allan dos Santos, que está nos Estados Unidos.