Publicada em 02/07/2022 às 10h31
O tempo vai passando e rapidamente vamos nos aproximando das eleições gerais deste ano, que serão realizadas em outubro próximo. O eleitor terá que votar a presidente da República, governadores, uma das três vagas ao Senado de cada Estado e do Distrito Federal, Câmara Federal e Assembleias Legislativas. Só não teremos eleições a prefeitos e vereadores, as municipais, que em 2020 ocorreu em novembro devido a pandemia.
Em Rondônia os dirigentes partidários estão “apertando o cinto” para definir quem serão os candidatos. Escolha difícil, pois este ano não teremos as coligações, que elegia pessoas com bem menos votos, que de outras coligações. Hoje existem as federações, que possibilitam parcerias, com duração mínima de 4 anos, mas que não somam os votos. Quem for o mais bem votado de cada partido se elege, os demais servem somente de escada.
Outro problema: o que for acordado pelo diretório nacional terá que ser obedecido pelos regionais. Ou se cumpre o foi decidido “na cabeça” ou fica sem parceria.
Até as eleições municipais de 2020, o político campeão de votos da coligação “carregava” um ou mais companheiros em detrimento de outros, de coligações adversárias, mesmo com volume bem maior de votos. Isso acabou com as federações.
As convenções partidárias, que definirão os candidatos aos cargos eletivos deste ano terão início no próximo dia 20. O prazo máximo para composição das chapas majoritárias e proporcionais serão encerradas no dia 5 de agosto.
A eleição para escolha do governador é a que mais mobiliza dirigentes partidários, políticos e a população de Rondônia. Pré-candidatos considerados bons de votos estão na lista para a sucessão estadual.
Nota-se dificuldades para a escolha dos nomes pré-candidatos a vices. A Frente Partidária (PT, PSB, PCdoB, Solidariedade e PV), por exemplo, teria uma pré-chapa completa, com o advogado e professor universitário, Vinícius Miguel (PSB) ao governo e o ex-deputado federal e presidente regional do PT, Anselmo de Jesus a vice. O “namoro” vem de tempos, estaria tudo acordado, mas o martelo, ainda, não foi batido.
A decisão vem sendo protelada há semanas. Nem a fumaça branca no Vaticano para anúncio um o novo Papa é tão aguardado.
O governador Marcos Rocha, que preside o União Brasil no Estado é pré-candidato à reeleição, mas nada se comenta sobre o nome a vice. Fala-se em Maurão de Carvalho, ex-presidente da Assembleia Legislativa (Ale) e ex-governador temporário, e o ex-prefeito de Cacoal, empresário Divino Cardoso, do PTB.
O senador e presidente estadual do PL, Marcos Rogério é pré-candidato à sucessão estadual, mas não há nomes apontados como vice. Maurão de Carvalho e Divino Cardoso também estão na alça de mira, mas nada confirmado.
Hoje Rocha, Rogério e Vinícius são pré-candidatos e certamente serão homologados nas convenções partidárias. Assim como o PSTU, que já definiu Evaldo (Dias) Cordeiro e Almir Casal, pré-candidatos a governador e vice, respectivamente, nomes que serão homologados na convenção. A Frente Partidária com Vinícius Miguel e Anselmo de Jesus também estaria ajustada, mas há arestas a serem aparadas até as convenções.
E o MDB não pode ser esquecido. É o terceiro maior partido na participação dos mais de R$ 4,9 bilhões de recursos do fundo eleitoral. Não formatou parcerias com outros partidos e também não tem, a princípio, candidatura própria ao governo do Estado. Várias opções foram discutidas e analisadas pela cúpula do partido, que tem o senador Confúcio Moura como autoridade maior.
Apesar de negar, inclusive em live específica, que não é candidato a cargo eletivo este ano, Confúcio deverá, para atender o chamamento dos emedebistas de Rondônia, entrar na disputa pelo governo do Estado. E com muitas chances de chegar ao segundo turno. Confúcio é um dos políticos mais experientes do Estado com duas passagens seguidas como governador, três mandatos de deputado federal e dois mandatos de prefeito de Ariquemes.
A expectativa é que, até as convenções os nomes citados sejam homologados. Caso as previsões se confirmem teremos eleições das mais equilibradas ao governo do Estado, com candidatos com forte poder de voto, seja de inovação, de continuidade e terceira via.
Por enquanto as probabilidades são muitas e definição, somente com as convenções partidárias, que serão encerradas na primeira semana de agosto.
Hoje o ditado popular “um olho no gato e outro no peixe” se encaixa como luvas na política regional.