Publicada em 21/07/2022 às 15h10
Cerca de 15.000 russos morreram durante os cinco meses de invasão da Ucrânia, de acordo com os serviços de inteligência dos Estados Unidos e do Reino Unido, que acreditam que o presidente Vladimir Putin está sofrendo perdas muito maiores do que o esperado.
Richard Moore, chefe do MI6 britânico, explicou nesta quinta-feira que esses 15.000 mortos são "provavelmente uma estimativa conservadora" e representam uma "derrota" para Putin, que esperava uma vitória rápida.
"É quase o mesmo número que perderam em 10 anos no Afeganistão na década de 1980", disse no Fórum de Segurança de Aspen, Colorado, Estados Unidos.
"E não se trata de jovens de classe média de São Petersburgo ou Moscou", comentou Moore. "São garotos pobres das zonas rurais da Rússia. São de vilarejos operários da Sibéria. São desproporcionalmente de minorias étnicas. Eles são sua bucha de canhão".
O diretor da CIA, Bill Burns, disse na mesma conferência que a inteligência dos Estados Unidos estima as perdas russas "em cerca de 15.000 mortos e talvez três vezes mais feridos".
"É um conjunto bastante significativo de perdas. Os ucranianos também sofreram baixas significativas, provavelmente um pouco menos do que isso", disse Burns.
Por sua vez, a Ucrânia garante que as perdas da Rússia são maiores, cerca de 36.200 soldados russos mortos.
A Rússia pouco fala sobre perdas e só forneceu um número oficial de vítimas duas vezes, a última em 25 de março com um número de 1.351 mortos, embora os especialistas considerem muito baixo.