Publicada em 26/07/2022 às 08h10
Foi violenta a noite desta segunda-feira, 25, em Vilhena, quando um mesmo homem, usando uma pistola 9 milímetros, deixou um saldo macabro de três baleados e uma mulher de 67 anos morta.
O primeiro ataque aconteceu no Setor 08, onde o criminoso, identificado como Janilson, 43, conhecido como “Espicha” e envolvido em vários crimes na cidade desde a década de 1990, tentou matar um rapaz de apelido “Rato”.
O alvo da execução estava em frente uma residência, quando Espicha desceu da moto abrindo fogo. Na fuga, Rato derrubou um muro tentando saltá-lo, mas acabou baleado no pescoço. Ele caiu no quintal vizinho e usou a própria camisa para estancar o sangramento, sendo levado com vida para UPA por uma viatura policial. Apesar da gravidade do ferimento, ele está fora de perigo.
O segundo e mais letal ataque desferido por Espicha aconteceu uma hora depois, quando ele decidiu matar um rapaz de nome Edson. Em uma casa na avenida 30, o assassino também apareceu de arma em punho e, quando a mãe do homem que seria executado entrou na frente da pistola e implorou ao assassino para que não fizesse aquilo, ele puxou o gatilho.
Atingida na boca, a aposentada Eunice Fernandes Gonçalves, de 67 anos, morreu no local, antes da chegada de socorro. Edson, o filho cuja vida ela salvou entregando a sua, foi baleado três vezes na fuga. A irmã dele, que também tentou fugir, levou dois tiros, mas ambos sobreviveram e não correm risco de morrer. Tanto a mulher morta quanto os filhos baleados moram na mesma casa com o chefe da família, que é cadeirante.
Em buscas pela cidade, a polícia conseguiu localizar o “matador” em uma casa no bairro Jardim Eldorado, em Vilhena. Além dele, outros três suspeitos de participação nos crimes foram capturados e a moto usada nas ações apreendida.
De acordo com um policial ouvido pela reportagem, com o crime atual, Espicha já soma “9 mortes nas costas”. Ele também é responsável por deixar incapacitado um policial militar, que teve a perna atingida salvando sua vida durante uma briga na avenida Paraná mais de 20 anos atrás.