Publicada em 14/07/2022 às 13h44
O Ministério Público Federal (MPF), trabalhando em conjunto com a Polícia Federal (PF), desvendou o assassinado do líder indígena Ari Uru-Eu-Wau-Wau, que ocorreu em abril de 2020, no Município de Jaru, em Rondônia. O suspeito foi preso preventivamente, ontem (13), pela PF, na Operação “Guardião Uru”, uma referência ao trabalho de Ari contra a exploração ilegal de madeira da terra indígena.
Para o procurador da República Reginaldo Trindade, responsável pelas investigações, o próximo passo agora centra-se na finalização efetiva do inquérito policial e consequente oferecimento da acusação contra os responsáveis pelo bárbaro crime.
O MPF acompanhou de perto as investigações desde as primeiras horas após o crime, quando o caso ainda estava sob a atribuição da Polícia Civil em Jaru/RO. Com o deslocamento da investigação para a esfera federal, ocorrida em maio de 2020, o trabalho foi ainda mais intensificado, passando o órgão ministerial a traçar estratégias de atuação diretamente com a PF, as quais se desdobraram em interceptações telefônicas, oitivas, trabalho em campo, produção de laudos técnicos, entre outras medidas.
“O Povo Indígena Uru-Eu-Wau-Wau sangrava em razão da morte do seu líder, clamando pelo mínimo que se espera do Estado, que é a realização da Justiça. Agora, com a prisão de ontem, demos um passo firme nesse sentido”, finalizou Reginaldo Trindade.