Publicada em 06/07/2022 às 09h08
A Polícia Federal realizou, na manhã de terça-feira (5), a extradição do mafioso Rocco Morabito, condenado a 103 anos de prisão na Itália, por crimes relacionados ao tráfico de drogas. Ele embarcou de Brasília, onde estava preso, para o país natal, em uma aeronave do governo italiano e sob forte esquema de segurança.
O pedido de extradição de Morabito foi feito pelo governo italiano e autorizado pelo Supremo Tribunal Federal (STF). O país europeu alegou que o mafioso deve cumprir lá a pena relativa a quatro condenações criminais por tráfico internacional de drogas e envolvimento com organização criminosa, ocorridos em Milão.
Ele era procurado pela Justiça país há 23 anos. Pela decisão do Supremo, a Itália deve cumprir alguns requisitos exigidos pela legislação brasileira em casos de extradição, como fazer a detração do tempo de prisão em território nacional e aplicar o período máximo de 30 anos de cumprimento de pena.
Rocco foi preso em um hotel de João Pessoa (PB), em maio de 2021. Ele estava foragido desde 2019, quando fugiu de um presídio no Uruguai e, desde então, era um dos traficantes mais procurados pela Interpol.
Há suspeitas do envolvimento dele com o tráfico de entorpecentes desde 1990, no Brasil e na Europa. Em 2017, ele chegou a ser preso no Uruguai, mas fugiu depois de dois anos e estava foragido desde então.
Prisão
Rocco foi preso por policiais federais em um hotel do bairro Tambaú, na capital paraibana. Com ele estavam outros dois estrangeiros, sendo um italiano identificado como Vicenzo, que também estava na lista dos 30 mais procurados da Itália. O outro homem que estava no local não tinha nenhum mandado de busca por nenhuma polícia.
Um dia após a prisão, ele deixou o estado e foi transferido para o Distrito Federal. À época, a PF disse que ele é integrante da Ndrangheta, uma associação mafiosa da Itália considerada uma das mais perigosas do mundo, envolvida em crimes de tráfico de drogas, de armas, de pessoas e também lavagem de dinheiro.