Publicada em 13/08/2022 às 10h51
Aos poucos o quadro sucessório-político de Rondônia vai tomando forma. O grupo que estará disputado a sucessão estadual já está completo, com algumas interrogações, como o vice do deputado federal Léo Moraes, do Podemos, que concorre a governador e os nomes dos postulantes à única das três vagas ao Senado, hoje ocupada por Acir Gurgacz (PDT).
Além de Léo Moraes, também estão aprovados os nomes de Marcos Rocha (União Brasil, que concorre à reeleição; senador Marcos Rogério (PL), Daniel Pereira, da Frente Democrática (PT, PCdoB, PSB, PV, Solidariedade, PDT) e o Psol com Pimenta de Rondônia. A confirmação dos registros das candidaturas ocorrerá a partir de segunda-feira (15), prazo máximo, para a entrega dos nomes dos candidatos aos cargos eletivos ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE).
Não há dúvidas que teremos uma eleição das mais equilibradas à sucessão estadual. E também é certo, que haverá segundo turno, devido ao equilíbrio de forças dos candidatos, que estão na relação para governar Rondônia a partir de 2023.
Mas a disputa pela única das três vagas ao Senado promete ser das mais acirradas. Mais que a de governador. As perspectivas são enormes devido a ótima relação de candidatos. Seis nomes expressivos estão concorrendo ao cargo ocupado hoje, por Acir Gurgacz, que definitivamente está fora da reeleição, após decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que ele está inelegível.
Na lista de candidatos ao Senado, destaque para duas mulheres, Mariana Carvalho (Republicanos) e Jaqueline Cassol (PP), ambas com bom trabalho na Câmara Federal e desempenho dos mais positivos nas eleições que disputaram. Mariana está no segundo mandato consecutivo.
A ex-secretária de Estado, Cláudia Moura, do MDB é mais uma mulher concorrendo ao Senado. Ela é irmã de Confúcio Moura e concorreu à Câmara Federal em 2018, quando obteve pouco mais de 3,3 mil votos. Tem o apoio de Confúcio, um dos mais experientes articuladores da política regional e da região polarizada por Ariquemes, seu reduto eleitoral.
Nas eleições de 2018, o empresário de Vilhena, Jaime Bagattoli, na época no PSL, foi o terceiro mais bem votado e perdeu a segunda vaga para Confúcio Moura (MDB), por pouco mais de 18 mil votos em um universo de 1,1 milhão de eleitores. Foi a primeira participação de Bagattoli no sistema político-partidário. Também não há como negar, que ele obteve ótima votação graças ao na época, efeito Bolsonaro.
Ex-deputado federal, ex-senador e político com amplo trânsito junto ao eleitorado do interior, Expedito Júnior (PSD) integra a lista de candidatos a senador nas eleições de outubro próximo. Padrinho de Ivo Cassol, que se elegeu governador em 2010 e se reelegeu em 2014; de Hildon Chaves, prefeito de Porto Velho, eleito em 2016 e reeleito em 2020 e do senador Marcos Rogério, que se elegeu como o mais bem votado nas eleições de 2018 (324.929 votos), Expedito, após dizer, que não participaria das eleições deste ano resolveu enfrentar as urnas e está entre os nomes na concorrida vaga de senador.
Na sexta-feira (12), o ex-conselheiro do Tribunal de Contas (TC) de Rondônia, ex-secretário de Estado, Benedito Alves, do PDT entrou na lista de candidato ao Senado. Acir Gurgacz, que disputaria a reeleição teve liminar cassada pelo STF e não poderá concorrer pela Frente Democrática, como se definiu em convenção.
O eleitor terá três mulheres concorrendo na vaga ao Senado. Duas já experientes, Jaqueline e Marina; e Cláudia, que está chegando agora. Os três homens têm Júnior, um dos mais experientes políticos do Estado, Bagattoli que foi a surpresa das eleições ao Senado em 2018 e Benedito Alves, que pela primeira vez enfrentará às urnas.
Não será por falta de –bons– candidatos, que o eleitor de Rondônia terá dificuldades para eleger um dos três senadores no dia 2 de outubro.