Publicada em 26/08/2022 às 16h05
Em atendimento a uma solicitação da mesa diretora da Assembleia Legislativa (ALE), a Escola do Legislativo realizou um curso inédito de “Fotos e Vídeos para Comunicação Digital”, dentro da reserva indígena Rio Branco, no município de Alta Floresta do Oeste.
A reserva tem 236 mil hectares e cerca de 1.500 indígenas distribuídos em várias aldeias. Nos últimos anos ações governamentais apoiaram iniciativas no plantio do café e no extrativismo do açaí e castanha.
Nos próximos dias será inaugurada modernas instalações de processamento e embalagem do açaí. A produção de castanha anual é de 800 toneladas em média e o café foi eleito o segundo melhor de Rondônia. Entretanto, a comercialização destes produtos tem enfrentado dificuldades, porque os indígenas só conseguem vender na região. Esta limitação foi levada à mesa diretora da ALE-RO, que acionou a direção da Escola do Legislativo.
Dois instrutores e dois assessores percorreram quase mil quilômetros para chegar à reserva indígena e levar conhecimento sobre comunicação digital. Cerca de 20 índios aprenderam a fotografar, filmar e editar vídeos e já estão utilizando estas técnicas para divulgar da melhor forma possível seus produtos, para o mercado nacional. Além disso, passaram a documentar o cotidiano das aldeias, fazendo um registro áudio visual sobre a cultura indígena.
O diretor-geral da Escola do Legislativo, Fábio Ribeiro, explicou que o objetivo primordial é a qualificação dos servidores do parlamento, mas que vagas remanescentes têm sido disponibilizadas para a comunidade em geral. “Eventualmente realizamos cursos para públicos muito específico justificado pelo grande impacto social, como o curso de libras para policiais militares, que atuam na abordagem. A missão educacional tem que focar na transformação social”.