Publicada em 11/08/2022 às 15h30
As autoridades cubanas informaram nesta quinta-feira (11) a morte de um bombeiro hospitalizado por queimaduras graves ocasionadas por um incêndio iniciado há seis dias numa base de armazenamento de petróleo no leste da ilha. Até o momento, dois mortos e 14 desaparecidos foram reportados.
"À noite morreu um paciente que se encontrava em estado crítico, com queimaduras extremas", informou José Ángel Portal, ministro da Saúde do país, citado na conta do Twitter da Presidência.
A vítima é um bombeiro de 24 anos da província de Granma, no leste de Cuba.
Essa é a segunda vítima fatal do incêndio após o corpo de outro bombeiro, este com 60 anos, ser localizado durante o final de semana, na área do desastre.
Outros 14 bombeiros continuam desaparecidos.
"O incêndio está controlado e no caminho de acabar", disse o Corpo de Bombeiros de Cuba, também na conta do Twitter da Presidência.
"Em 48 horas as condições para entrar no lugar do incêndio e resgatar os corpos dos desaparecidos devem estar prontas", acrescentou através da rede social.
O incidente do dia 5 de agosto na base do superpetroleiro Matanzas, 100 quilômetros ao leste de Havana, causou 130 feridos. Segundo o levantamento mais recente, 22 permanecem hospitalizados e 108 receberam alta.
O acidente fatal provocado por um raio destruiu quatro tanques, cada um com capacidade para armazenar 50 milhões de litros cada. Eles estão localizados no maior depósito de combustível do país, principal fornecedor de duas importantes usinas termoelétricas.
Na quarta-feira (10), os bombeiros declararam o incêndio "sob controle" e começaram a apagar pequenos focos de fogo.
"Nas imagens do radar, a visibilidade da fumaça vinda do incêndio diminuiu", disse Elba Rosa Pérez, ministra da Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente, também citada pela Presidência.
A funcionária especificou que "o monitoramento do ar confirma que a contaminação ambiental diminuiu. Não há evidências de pacientes afetados pelas emanações do incêndio".
Desde sábado o país recebeu ajuda do México e Venezuela, com especialistas, bombeiros, assim como equipamentos e elementos básicos.
Além dos 17 aviões e dois navios mexicanos, outros três aviões do México e um venezuelano chegaram durante a noite.
"Um cargueiro da Bolívia é esperado hoje, também como ajuda", confirma a Presidência.