Publicada em 30/08/2022 às 11h26
PORTO VELHO/RO – A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta terça-feira (30/08/2022), a denominada OPERAÇÃO PEDÁGIO DO JAMARI, no intuito de desarticular associação criminosa que cobrava pedágio para que madeireiros adentrassem a FLONA JAMARI, Unidade de Conservação Federal, e retirassem madeira ilegal do local.
As investigações tiveram início em setembro de 2021, após fiscalização realizada pelo ICMBio, em que se constatou grande desmatamento na FLONA DO JAMARI, próximo aos locais onde seriam cobrados os pedágios. Segundo a investigação, os envolvidos cobrariam uma taxa de R$400,00 (quatrocentos reais) a R$800,00 (oitocentos reais), dependendo do tipo do caminhão, para que os veículos acessassem a FLONA por intermédio de suas propriedades e extraíssem madeira ilegal na FLONA JAMARI.
As condutas investigadas configuram, em tese, os crimes de associação criminosa (artigo 288 do Código Penal), causar dano direito à Unidade de Conservação (artigo 40 da Lei 9.605/98) e, também, lavagem de dinheiro (artigo 01° Lei 9.613/98), cujas penas somadas podem chegar a 18 (dezoito) anos de prisão.
Foram cumpridos 04 mandados de busca e apreensão nas cidades de Montenegro, Cujubim e Nova União, todas no Estado de Rondônia. Os mandados foram expedidos pela 07ª Vara Federal Criminal da Seção Judiciária de Rondônia.
Foi ordenado ainda o bloqueio de R$ 8.420.652,00 (oito milhões, quatrocentos e vinte mil, seiscentos e cinquenta e dois reais) das contas dos investigados. Também foram deferidas pelo Juízo da 07ª Vara medidas diversas da prisão em desfavor de um dos investigados, tais como não conversar com os demais investigados, não ingressar em Unidades de Conservação, em especial, a FLONA JAMARI; e, por fim, a obrigatoriedade do uso de tornozeleira eletrônica.