Publicada em 22/08/2022 às 15h26
"Infelizmente, uma mulher morreu de Ébola. As análises do Instituto Nacional de Pesquisas Biomédicas (Inrb) confirmaram", disse o coordenador nacional da resposta à doença, Steve Ahuka, citado pela agência Efe.
Segundo Ahuka, as autoridades sanitárias da RDCongo, bem como uma equipa da Organização Mundial de Saúde (OMS) deslocaram-se à zona afetada para identificar todas as pessoas que possam ter tido contacto com a vítima mortal.
Os primeiros alarmes surgiram na passada segunda-feira, quando uma mulher de 46 anos morreu após apresentar alguns sintomas da doença.
Antes de a RDCongo confirmar este caso, a OMS anunciou que as autoridades de saúde da RDCongo estavam a investigar o caso.
"Enquanto as análises são realizadas, a OMS já está no terreno a apoiar o pessoal de saúde na investigação deste caso e na preparação para a eventualidade de um ressurgimento", disse então a OMS.
A agência das Nações Unidas disse ainda que irá fazer por assegurar que as pessoas necessitadas terão acesso aos tratamentos recomendados, baseados numa tecnologia que envolve a utilização de anticorpos monoclonais.
Estes medicamentos, considerados um avanço no combate à doença, que tem uma taxa de mortalidade entre 60% e 80%, têm um custo elevado.
Os últimos surtos de Ébola foram comunicados em 2021 na Guiné-Conacri e na RDCongo, embora o surto mais grave da história se tenha desenvolvido até à escala de uma epidemia que se espalhou pela África Ocidental entre 2014 e 2016, período durante o qual causou mais de 11.000 mortes.