Publicada em 15/08/2022 às 09h11
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu intensificar o combate à violência de gênero cometida nas redes sociais durante o período eleitoral deste ano.
Candidatas e políticas já eleitas têm denunciado à polícia em diversos estados casos de perseguições, injúrias e ameaças nas redes sociais.
Ao todo, oito casos desse tipo levaram o TSE, em junho, a criar um grupo de trabalho para propor medidas contra a violência de gênero.
Diante disso, o tribunal está formatando com as plataformas digitais as ferramentas necessárias para combater a violência.
Uma das opções em desenvolvimento é a criação de uma ferramenta, nas redes sociais, para denunciar casos de violência de gênero. O objetivo é intensificar o combate a essa forma de agressão.
Segundo integrantes do grupo, a partir da criação dessa ferramenta nas redes, a ideia é tratar esse tipo de conteúdo com o mesmo rigor dado às fake news, com previsão de investigação sobre os autores e retirada de conteúdo do ar.
Técnicos do tribunal também estão garantindo que, a partir de um programa específico, os posts derrubados das redes possam ser preservados em um arquivo interno para embasar investigações, garantindo materialidade.
Controladora das redes sociais
No mês passado, a empresa Meta, que controla Facebook, WhatsApp e Instagram, lançou um guia sobre esse tipo de ataque a mulheres, com apoio do TSE E da organização Women’s Democracy Network (WDN).
Esse guia servirá para que mulheres possam se conectar e se expressar com segurança nas redes sociais.
Segundo o TSE, no documento , é possível encontrar exemplos de ações que podem ser consideradas agressões, como distribuição de imagens íntimas sem consentimento, assédio, discurso de ódio e outras ameaças.