Publicada em 15/08/2022 às 15h24
No primeiro aniversário dos talibãs sobre o poder do Afeganistão, a jovem Malala Yousafzai se pronunciou nas redes sociais dizendo que hoje completava "um ano de escuridão" no país.
"Faz um ano que homens e mulheres afegãos têm que abandonar seus sonhos. Nós devemos continuar a elevar suas vozes para que os líderes muçulmanos e mundiais não possam mais desviar o olhar", disse Malala.
Para ela, o povo afegão não desistiu e nem irá desistir de restaurar a liberdade e a dignidade do país.
Ela pediu também para que esse seja o último aniversário dos talibãs no poder do país.
"Que no próximo ano estejamos comemorando e celebrando um governo eleito que permita que todas as mulheres e as garotas cheguem no seu potêncial pleno", pediu ela.
Malala e os talibãs
A história da Malala é diretamente ligada ao grupo Talibã. Com 15 anos ela foi baleada na cabeça por lutar contra uma ordem do grupo que determinava a ausência de mulheres nas escolas do Paquistão (país onde ela nasceu e viveu).
Por conta da situação, Malala ficou reconhecida internacionalmente e iniciou um movimento de briga para aumentar a presença de meninas e mulheres nas escolas e faculdades de todo o mundo.
Devido ao movimento, Malala lançou sua autobiografia onde fala sobre suas experiências e vivências. O trabalho ainda foi premiado com um prêmio Nobel da Paz, em 2014.