Publicada em 16/09/2022 às 11h40
A China anunciou nesta sexta-feira (16) que sancionou os CEOs das empresas norte-americanas Raytheon, Gregory Hayes, e Boeing Defense, Ted Colbert, por conta da venda de armas para o território de Taiwan.
Segundo uma das porta-vozes do Ministério das Relações Exteriores, Mao Ning, a aprovação de um projeto de venda de armamentos, no valor de US$ 1,1 bilhão, "violou gravemente o princípio da 'China Única' e os três comunicados conjuntos sino-americanos, em particular, o comunicado sobre a 'Paz e a Estabilidade no Estreito de Taiwan'".
"A China se opõe com força e condena com firmeza a venda de armas [...] e [as sanções] querem salvaguardar a soberania e os interesses de segurança", disse ainda Mao.
A representante ainda voltou a pedir que os Estados Unidos "respeitem" a "China Única" e "parem com a venda de armas a Taiwan, bloqueando as ligações militares entre EUA e Taiwan, e parem de criar novas tensões no Estreito".
A crise em Taiwan sempre opôs Washington e Pequim, mas se acirrou ainda mais no mês de agosto com uma série de visitas de parlamentares e governadores norte-americanos, incluindo a presidente da Câmara dos Representantes, Nancy Pelosi. A viagem da democrata provocou a China a fazer os maiores exercícios militares de sua história na região.
Por outro lado, os EUA dizem que as viagens são protocolares e sempre foram feitas - só haviam sido paralisadas por dois anos por conta da pandemia de Covid-19. Além disso, o governo Joe Biden reafirmou que mantém os acordos de que Taiwan faz parte da China e não apoia a independência do território.