Publicada em 05/09/2022 às 08h56
Pelo menos 21 pessoas morreram em um terremoto de 6,6 graus de magnitude no sudoeste da China nesta segunda-feira (5). O primeiro balanço foi divulgado pelas autoridades locais e pelo canal público CCTV no final da manhã.
O tremor aconteceu às 12h52 (1h52 de Brasília) e teve seu epicentro na região montanhosa de Sichuan, a 200 km ao sudoeste da cidade de Chengdu, segundo o Centro Geológico dos Estados Unidos (USGS).
"Casas foram gravemente afetadas e as linhas de telefonia foram interrompidas em alguns locais", afirmou a CCTV. Um vídeo publicado nas redes sociais mostra pedras caindo do alto de uma colina no cantão de Luding, levantando nuvens de poeira.
O tremor foi sentido em várias cidades da província, incluindo a capital regional Chengdu. "O tremor foi forte", disse uma moradora. "Alguns vizinhos disseram tê-lo sentido claramente", declarou.
Réplicas também foram registradas em Chongquing, um município situado a 400 quilômetros do epicentro do terremoto, e outros pontos da região.
Mais de 500 bombeiros e funcionários das equipes de emergência foram enviados à região, informou a agência estatal Xinhua.
Prorrogação do lockdown
Cidade de 21 milhões de habitantes, Chengdu prolongou neste domingo (4) o lockdown da população depois da descoberta de novos casos positivos de Covid-19. Os moradores não podem sair de casa após 18h.
Na sexta-feira (2), os moradores da cidade enfrentavam dificuldades para encontrar produtos nos supermercados, que estão com as prateleiras vazias.
A China é a última grande economia a aplicar a política de "covid zero", combatendo o vírus por meio de bloqueios e testes em massa, além de longas quarentenas.
Tremores frequentes
A província de Sichuan, com várias montanhas e famosa por suas reservas de pandas, registra terremotos com frequência. Em junho, um tremor de 6,1 de magnitude atingiu a província, deixando quatro mortos e dezenas de feridos.
Em maio de 2008, um terremoto de 7,9 de magnitude provocou a morte e o desaparecimento, no total, de 87 mil pessoas. A catástrofe gerou comoção nacional.
Entre as vítimas estavam milhares de alunos, que morreram no desabamento de uma escola. Na época, a polícia prendeu militantes que buscavam divulgar o número exato de crianças mortas no desastre.