Publicada em 16/09/2022 às 13h48
Troco – Há quem afirme que a adesão do ex-deputado (federal e estadual), ex-prefeito de Ouro Preto do Oeste, ex-secretário de Estado, Carlos Magno à candidatura à reeleição do governador Marcos Rocha (UB), seria “o troco” ao deputado federal e candidato à sucessão estadual, Léo Moraes, que preside o Podemos no Estado. Ocorre que Magno se filiou ao Podemos com o compromisso de garantir uma vaga na disputa por uma das 24 cadeiras da Assembleia Legislativa (Ale), nas eleições de outubro próximo. Na convenção partidária, que definiu os nomes dos candidatos a serem analisados e homologados, ou não, pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE), constava na ata Carlos Magno, como um dos candidatos a deputado estadual. Mas no documento que chegou à justiça eleitoral, não constava o nome de Magno.
Inelegível – Como a ata foi entregue no dia em que expirava o prazo no TRE, Magno só soube que estava fora no dia posterior. Sem constar na ata do Podemos, Carlos Magno ficou impossibilitado de concorrer nas eleições deste ano, porque o partido em que estava filiado não homologou seu nome como candidato a deputado estadual. Magno, inclusive, distribuiu um vídeo demonstrando insatisfação e indignação, porque alegou ter sido enganado, pois se filiou ao Podemos com o compromisso da vaga para concorrer ao parlamento estadual. Seu nome constava na ata da convenção, mas não da que chegou à justiça eleitoral. Magno chegou a assumir a coordenação da campanha de Ivo Cassol (PP), amigo e parceiro, a governador, mas o registro da candidatura foi negado. Agora Carlos Magno vem com tudo no apoio a Rocha, que tem Moraes como adversário na disputa pelo governo do Estado. É a hora do troco, pois ele é liderança viva na região central (Ji-Paraná, Ouro Preto, Jaru) segundo maior colégio eleitoral do Estado.
Pesquisa – O assunto predominante no processo político eleitoral em Rondônia se relaciona a pesquisa sobre a sucessão estadual, onde o governador Marcos Rocha (UB) confirmou seu favoritismo colocando 16 pontos de diferença sobre o segundo colocado, senador Marcos Rogério (PL), e 28 sobre o terceiro colocado, deputado federal Léo Moraes (Podemos). Mais uma vez a surpresa, negativa, como em pesquisa anterior. O candidato da Frente Democrática (PT/PV/PCdoB/SD/PDT/PSB), ex-governador Daniel Pereira (SD) que obteve somente 3% das intenções de votos na pesquisa estimulada e liberada pela justiça eleitoral. Pesquisas internas recentes indicavam, que o grupo de centro-esquerda em Rondônia teria entre 17% a 20% dos votos válidos. Como estamos a pouco mais de duas semanas das eleições (2 de outubro) as possibilidades de mudanças radicais são mínimas e, como se previa, o segundo turno será inevitável, mas provavelmente com dois candidatos de centro-direita, improvável até semanas atrás.
Urnas... – A polêmica envolvendo as urnas eletrônicas continua sendo pauta obrigatória na política nacional. A cúpula do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), hoje presidido pelo polêmico ministro Alexandre de Moraes, garante que as urnas são seguras, invioláveis, mas os questionamentos são muitos. Apesar da insignificância no contexto, a coluna questiona o motivo de o cidadão não poder deixar o local de votação com um comprovante de votação na mão, como ocorre no supermercado, onde são feitas as compras, os produtos passam pelo caixa eletrônico que registra tudo e libera um papel impresso, inclusive com discriminação de as mercadorias, valores e o total a ser pago. O cidadão deixa o estabelecimento com suas mercadorias e com o registro do que comprou.
...Eletrônica – Ao votar, o cidadão tem o mesmo procedimento levando o Título de Eleitor, o mesário conferindo a legalidade na lista de eleitores e liberando a votação na urna eletrônica. O eleitor leva para casa o comprovante de votação, um tíquete da justiça eleitoral confirmando que participou do processo eleitoral. Por que não um tíquete da urna comprovando sua votação? O voto é secreto? Sim, mas o eleitor não é obrigado a manter sigilo em quem votou. Outro questionamento da maior importância, que é feito com insistência pelo promotor de Justiça do Mato Grosso do Sul, Felipe Gimenez: por que a contagem dos votos não é pública? É lei. E também tem que haver um documento para que o voto seja auditável. Qual o motivo de não ter um aplicativo, para que o eleitor vote de onde estiver como em bancos, onde se realizam operações transferindo milhões de reais? A urna não é eletrônica, por que o voto não pode ser online?
Respigo
Como as eleições gerais (presidente da República, governadores, uma das três vagas de cada Estado e do Distrito Federal ao Senado, deputados federais e estaduais) estão próximas as especulações em torno de candidatos com possibilidades de estarem entre os mais bem votados, que buscam vagas na Assembleia Legislativa (Ale) crescem. São 24 cadeiras para mais de 400 candidatos +++ Ontem citamos que o deputado Jean Oliveira (MDB-PVH) e a primeira dama de Porto Velho, Yeda Chaves (UB) sempre estão sendo citados como candidatos com possibilidades de estarem entre os mais bem votados. Hoje temos mais dois nomes com chances de estarem nas primeiras colocações nas eleições ao parlamento estadual. O ex-presidente da Ale-RO, Laertes Gomes (PSD/Ji-Paraná) e Luizinho Goebel (PSC-Vilhena) +++ As chances de reeleição de ambos são enormes. Luizinho busca o quinto mandato e Laerte Gomes o terceiro mandato +++ Continua a mobilização da campanha eleitoral bem abaixo do esperado. Poucos candidatos estão enfrentando o sol escaldante de Rondônia na busca do voto +++ A adesivagem dos veículos também está anêmica com frota pequena de veículos circulando com propaganda eleitoral. A concentração da campanha político-eleitoral está nas redes sociais.