Publicada em 23/09/2022 às 10h41
Porto Velho, RO – Pouco antes da formalização de candidaturas oficiais os Cassol, do lado do Progressistas, praticamente formaram uma pré-aliança com Léo Moraes, do Podemos. Até o patriarca Ivo andava "arrastando asa" nos bastidores para o lado do congressista, mas isto apenas até que o Narciso de seu nome começasse a falar mais alto achando feio o que não é espelho.
Observando a oportunidade jurídica pairando no ar com Kássio Nunes Marques no volante, o ex-governador tirou a cabeça do casco até ser marretado de volta pelos outros membros do Supremo (STF).
Antes disso, ainda abril, quando não havia certeza de nada, Marcos Rogério vencia a guerra pelo comando do PL em Rondônia, obrigando Mariana Carvalho, ex-tucana, a rumar para o Republicanos.
Nesta toada, ainda sem saber quem seria o desistente da vez, uma “quase-aliança” foi rascunhada quando um sorridente Léo Moraes surgiu ao lado de Jaqueline Cassol, presidente do Progressistas local, e Marcos Rogério.
Seis meses depois daquele registro feito curiosamente no Dia da Mentira, 1º de abril, tanto o deputado federal quanto o senador não poderiam ser mais adversários.
Em primeiro lugar, numa escala genérica, vez que a dupla ruma em direção ao Palácio Rio Madeira, hoje comandado por Coronel Marcos Rocha, do União Brasil.
Em segundo, na visão micro da situação, porque levando em conta os dados veiculados pelas duas últimas pesquisas publicadas, ou seja, Real Time Big Data e IPEC, Rocha já estaria na segunda etapa da disputa.
Rogério surgiu com larga vantagem em relação a Moraes, o terceiro colocado na Real Time Big Data (doze pontos a menos que o colega de Congresso); e o deputado conservou a mesma posição na IPEC, com distância ainda mais larga em comparação ao senador (dezessete pontos de diferença). Ainda assim, a “bola” está em jogo.
No debate da Rede TV (SGC Rondônia) o candidato do Podemos apresentou perceptível guinada na estratégia e passou a questionar Rogério com mais ênfase.
O ápice foi quando questionou o senador da República sobre a indicação da ex-esposa para trabalhar na Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), colocando Rogério no modo defensivo.
O Rondônia Dinâmica abordou as sequelas daquelas contenda em outro artigo.
A nove dias das eleições do primeiro turno, que ocorrerão no dia 02 de outubro, a SIC TV/Record promoverá o debate derradeiro crucial para que Moraes diminua a diferença por ora abissal do seu outrora “quase-aliado” e atual principal adversário Marcos Rogério.
Sem a presença do “incendiário retórico” Val Queiroz, do AGIR, o subsequente enxugamento do encontro com provável presença do atual regente do Estado será crucial para que as propostas sejam apresentadas para o desenvolvimento de Rondônia. Porém, não há como fugir do fato de que as ofensivas argumentativas deverão dar a tônica do embate discursivo, especialmente quando Léo Moraes usar o microfone para provocar Marcos Rogério.
No fundo, com base dos números e porcentagens trazidas pelos institutos mencionados nesta opinião a sexta-feira (23) é o começo do fim para um dos dois nas eleições de 2022.
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DADOS DAS PESQUISAS CITADAS:
REAL TIME BIG DATA (SEGUNDA RODADA)
O instituto ouviu 1.000 pessoas, nos dias 13 e 14 de setembro. O nível de confiança da pesquisa é de 95% e a margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos. O levantamento foi encomendado pela Record TV e está registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número RO-02461/2022.
IPEC (SEGUNDA RODADA)
A pesquisa ouviu 800 pessoas nos dias 14 a 16 de setembro em 27 cidades rondonienses. A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos, considerando um nível de confiança de 95%. A pesquisa foi registrada Registrada no Tribunal Regional Eleitoral sob o número RO‐00204/2022 e no Tribunal Superior Eleitoral sob o número BR‐05301/2022.