Publicada em 30/09/2022 às 12h33
Os Estados Unidos exigiram uma investigação "imediata" sobre a morte de um menino palestino de sete anos que foi enterrado nesta sexta-feira (30), na Cisjordânia, um dia após sua morte em circunstâncias controversas durante uma operação israelense.
Centenas de pessoas compareceram ao funeral de Rayan Yaser Suleiman, na cidade de Tuqu', no sul da Cisjordânia. A cabeça do menino estava enrolada em um keffieh palestino.
Um primo da vítima, Mohamed Suleiman, disse à AFP que "vários soldados israelenses entraram na casa da família" do menino [na quinta-feira].
"Rayan estava voltando da escola e, quando viu os soldados na frente de sua casa, começou a correr e caiu", acrescentou, sem dar mais detalhes.
O menino foi declarado morto mais tarde no hospital Beit Jala, perto de Belém.
De acordo com os Ministérios palestinos da Saúde e das Relações Exteriores, o menino morreu após cair de um prédio, "enquanto era perseguido pelas forças de ocupação israelenses" em Tuqu'.
O Exército israelense declarou, por sua vez, que os soldados fizeram buscas na área depois que "vários palestinos atiraram pedras em civis", sem especificar quem eram os civis.
Em um comunicado, acrescentou que, durante uma investigação preliminar, apurou-se que "não houve relação entre as operações de busca realizadas pelos militares naquela área e a trágica morte da criança".
Na quinta-feira (29), os Estados Unidos se declararam "a favor de uma investigação completa e imediata das circunstâncias que causaram a morte desta criança".
O incidente ocorreu após a morte de pelo menos quatro palestinos durante uma operação israelense no campo de refugiados de Jenin, no norte da Cisjordânia, e em confrontos subsequentes, segundo o Ministério palestino da Saúde.