Publicada em 10/09/2022 às 10h40
Faltam três semanas, pouco mais de vinte dias para as eleições gerais de outubro próximo, quando serão eleitos e reeleitos, presidente da República, governadores e respectivos vices; uma das três vagas de cada Estado e do Distrito Federal ao Senado, além de deputados federais e estaduais. Não teremos somente as eleições municipais no próximo dia 2 (1º turno) de prefeitos e vereadores, que foram eleitos em 2020.
Apesar de ser uma eleição que mobiliza o País, a campanha eleitoral em Rondônia, ainda, é insossa, morna, sem aquela militância de pleitos anteriores. E temos bons candidatos aos cargos majoritários (governador e senador). Com a renúncia do ex-governador Ivo Cassol (PP), que não conseguiu o registro da sua candidatura, as eleições a sucessão estadual ganharam maior equilíbrio.
Até a renúncia de Cassol, que era apontado como favorito a governar o Estado a partir de janeiro do próximo ano, as eleições a governador estão mais parelhas entre os demais participantes. Sua passagem pela Prefeitura de Rolim de Moura (dois mandatos consecutivos), governador (dois mandatos seguidos) e um mandato de senador o credenciou ao favoritismo nas eleições a governador. Como não conseguiu regularizar sua candidatura, está fora da disputa direta.
Sem Cassol concorrendo o deputado federal Léo Moraes (Podemos), o senador Marcos Rogério (PL) e o governador Marcos Rocha (UB), todos ligados ao presidente Jair Bolsonaro (PL), que é candidato à reeleição, e o ex-governador Daniel Pereira (PT, PV, PCdoB, SD, PSB, PDT), da Frente Democrática estão numa disputa mais acirrada. Enquanto três buscam o apoio de Bolsonaro, Pereira está fechado com Lula presidente.
O quadro político-eleitoral em Rondônia ao governo do Estado, está equilibrado. Enquanto Rocha, Rogério e Moraes buscam os votos de centro-direita, Pereira soma os de centro-esquerda. Não se tem dúvidas, que teremos eleições das mais difíceis de previsão, mas se tem a certeza, que a definição do eleitorado, de quem será o futuro governador ocorrerá somente no segundo turno, dia 30 de outubro.
A expectativa é que a partir da próxima semana os candidatos a governador, principalmente, coloquem o pé no acelerador e o mantenham apertado até o dia das eleições em 1º turno (2 de outubro), porque os debates realizados entre os candidatos, ainda, não resultaram em favorecimento a esse ou aquele candidato. Nota-se, que pouco ou quase nada muda nos dias posteriores aos debates na TV, que não tem mais o impacto de eleições anteriores, quando as redes sociais, ainda, não influenciavam tanto como nos dias atuais, onde a eletrônica é ferramenta fundamental, quando bem utilizada.
A próxima semana também será decisiva, pois o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) deverá concluir as análises dos pedidos de registros de candidaturas. Muitos candidatos, ainda, estão dependendo de decisão da justiça eleitoral, e, talvez por isso a campanha esteja em ritmo de banho-maria.
Na semana que está sendo encerrada neste sábado (10) dois nomes em condições de se conseguirem sucesso nas urnas foram recusados: Williames Pimentel, do MDB e Adriano Boiadeiro (Avante) ambos candidatos a deputado estadual. O que ambos investiram na campanha não tem mais como ser recuperado e o prejuízo financeiro e até moral é enorme. Talvez a demora do TRE contribua para a campanha amena, onde falta emoção.
Outra decisão da justiça eleitoral, que interfere diretamente no quadro sucessório ao Senado aconteceu na semana. O senador Acir Gurgacz, que preside no PDT no Estado era o candidato, via liminar, à reeleição pela Frente Democrática. Teve o nome vetado, disse que vai recorrer ao Superior Tribunal de Justiça (STJ). Mesmo que obtenha sucesso, muito improvável, está com a campanha prejudicada.
A população eleitora deve se preparar, pois os próximos vinte dias serão de campanha intensa dos candidatos, com visitas permanentes de políticos em busca do voto, para aos cargos majoritários (presidência da República, Senado e governadores) e proporcionais (Assembleia Legislativa e Câmara Federal).
Votar com o estômago e não com o cérebro é fundamental. A maioria dos políticos promete, não assume compromisso. O voto é a sua arma democrática. É impossível eleger 100% de políticos comprometidos com as necessidades e interesses de a população, mas a maioria, sim, basta ser coerente e não vender o voto.