Publicada em 19/09/2022 às 12h40
Nas próximas quarta e quinta-feira, 21 e 22, a Egoliga de Rondônia, rede de cooperação entre órgãos públicos para o desenvolvimento sustentável, promove, em parceria com a Polícia Militar do Estado (PMRO) por meio do Batalhão de Polícia Ambiental (BPA), pelo terceiro ano consecutivo, a campanha Adote o Futuro, de distribuição de mudas de árvores para o confronto ao desmatamento da Amazônia. Neste ano, a ação será realizada nas sedes dos órgãos participantes da Ecoliga, em Porto Velho, e no interior do estado.
A campanha é alusiva ao Dia da Árvore, comemorado anualmente em 21 de setembro, dois dias antes da chegada da primavera no hemisfério sul. Nos últimos dois anos, a ação comemorativa ocorreu como atividade de extensão do curso de pós-graduação em Direito Ambiental, da Escola da Magistratura do Estado de Rondônia (Emeron), que teve entre seus alunos e alunas policiais militares do Batalhão.
Apesar de o Brasil ter compromissos internacionais para a redução do desmatamento e das queimadas, o que tem sido visto nos últimos anos é justamente o aumento dessas práticas. Dados de monitoramento por satélite divulgados na última sexta (16) pelo Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) apontam que o desmatamento na Amazônia chegou a quase 8 mil km² em 2022, o pior acumulado anual em 15 anos. Apenas em agosto, foram derrubados 1.415 km², área quatro vezes maior que Belo Horizonte. Além disso, a degradação florestal causada pela extração de madeira e pelas queimadas cresceu 54 vezes em relação ao mesmo mês do ano passado.
Esses dados, além da percepção dos efeitos causados pelo desmatamento, como as alterações climáticas, o aumento das temperaturas, a mudança dos ciclos de chuva, a erosão do solo e o aumento da emissão de CO₂ para a atmosfera, demonstram a importância da promoção de ações de reversão. Por isso, a Organização das Nações Unidas (ONU) declarou o período de 2021 a 2030 como a Década de Restauração de Ecossistemas, como medida para combater a degradação e destruição de biomas e a crise climática e melhorar a segurança alimentar, o fornecimento de água e a biodiversidade.
Para contribuir com a preservação da floresta e com um futuro possível e saudável para as próximas gerações, os órgãos integrantes da Ecoliga de Rondônia (Defensoria Pública da União, Tribunal de Justiça de Rondônia, Tribunal de Contas do Estado, Ministério Público Estadual, Tribunal Regional Eleitoral, Tribunal Regional do Trabalho e Escola da Magistratura de Rondônia) e o BPA realizarão a doação de 2.000 mudas de espécies variadas a seus membros(as), servidores(as), estagiários(as), colaboradores(as) e público externo de Porto Velho.
A entrega das mudas será feita na sede dos órgãos, conforme o cronograma abaixo, sendo respeitado o limite de 3 (três) mudas por pessoa, de forma a oportunizar o maior número de adoções possível. Os(as) adotantes receberão orientações sobre as melhores espécies para cada objetivo, formas de plantio e de cuidado.
Dia |
21/09 |
22/09 |
Local |
9h-11h Defensoria Pública da União (250 mudas) Ministério Público Estadual (250 mudas)
9h-12h Tribunal Regional do Trabalho (150 mudas)
9h-17h Tribunal Regional Eleitoral (500 mudas) |
10h-12h Tribunal de Justiça de Rondônia Edifício-sede (300 mudas) Fórum Geral (300 mudas)
9h-11h |
A doação de mudas em alusão ao Dia da Árvore também vai acontecer nas comarcas de Rolim de Moura, Alvorada d'Oeste, Presidente Médici, Santa Luzia d’Oeste, Ji-Paraná, Cacoal, Ouro Preto do Oeste e Alta Floresta d’Oeste, para o público do TJRO nas localidades. A ação no interior está vinculada ao projeto “Colhendo Sementes, Construindo Viveiros, Plantando Florestas”, idealizado pelo juiz Maximiliano Deitos, de Ji-Paraná, com apoio da Polícia Rodoviária Federal e da Secretaria de Meio Ambiente de Ouro Preto do Oeste.
A campanha Adote o Futuro está alinhada aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), propostos pela ONU por meio do Pacto Global, do qual a Emeron é signatária desde o primeiro semestre de 2020. São atingidos diretamente os ODS 13 e 15, que tratam, respectivamente, da “tomada de medidas urgentes para combater a mudança climática e seus impactos” e “proteger, recuperar e promover o uso sustentável dos ecossistemas terrestres, gerir de forma sustentável as florestas, combater a desertificação, deter e reverter a degradação da terra e deter a perda de biodiversidade”. Também se relacionam os ODS 1 e 2, “Erradicação da Pobreza” e “Fome Zero e Agricultura Sustentável”, visto que a recuperação dos ecossistemas impacta diretamente na produção de alimentos e na economia, principalmente aquela ligada à agricultura e indústria.