Publicada em 06/09/2022 às 10h18
O ministério da Defesa da Rússia acusou nesta terça-feira (6) o exército ucraniano por novos bombardeios contra a central nuclear de Zaporizhzhia, poucas horas antes da publicação de um relatório da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) sobre a situação no local.
Durante semanas reinou uma grande confusão a respeito da central nuclear, a maior da Europa, que fica no sul da Ucrânia e está ocupada desde março pelas forças russas.
O local foi alvo de vários bombardeios - com uma troca de acusações entre Kiev e Moscou - e provocaram o risco de uma catástrofe nuclear.
"Nas últimas 24 horas, as Forças Armadas ucranianas dispararam 15 vezes com a artilharia contra a cidade de Energodar e o território da central nuclear de Zaporizhzhia", afirmou o ministério russo da Defesa no Telegram.
De acordo com o ministério russo, três obuses caíram no território da central e um deles explodiu perto dos tanques armazenamento de água próximos ao segundo reator.
"A radioatividade no complexo da central nuclear de Zaporizhzhia está dentro das normas", afirmou o ministério.
Vladimir Rogov, chefe da administração de ocupação russa na região, disse que os disparos de terça-feira danificaram uma linha de energia elétrica, o que provocou a redução da capacidade do sexto reator, o último em operação.
"A central nuclear está trabalhando para suprir suas próprias necessidades de energia elétrica", afirmou.
A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) pretende publicar ainda nesta terça-feira seu relatório sobre a central de Zaporizhzhia, depois que sua delegação visitou as instalações na sexta-feira.
Dois representantes da agência permanecem na central.