Publicada em 12/09/2022 às 13h29
Cassol – O PP de Rondônia não terá candidato a governador nas eleições gerais de outubro próximo. Como o ex-governador Ivo Cassol renunciou no dia 1º de outubro, porque o Supremo Tribunal Federal (STF) o considerou inelegível, por estar enquadrado na Lei da Ficha Limpa, legalmente o partido teria 10 dias para apresentar um novo nome. O prazo expirou no sábado (10) e, apesar de comentários sobre a possibilidade de o PP lançar Ivone, esposa de Ivo, ou o empresário Júnior Raposo, genro de Cassol à sucessão estadual, para dar suporte à candidatura da deputada federal Jaqueline Cassol, presidente regional do PP e irmã do ex-governador, ao Senado, e aos cargos proporcionais (deputados federais e estaduais) nenhum nome foi levado ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE), pelo PP para disputar o governo do Estado.
Senado – Apesar de Ivo Cassol ser afilhado político do ex-senador Expedito Júnior, do PSD, partido presidido em Rondônia pelo seu filho, deputado federal Expedito Netto, candidato à reeleição, as chances de uma parceria com o deputado federal e presidente estadual do Podemos, Léo Moraes, que concorre a governador, são mínimas. Ocorre que Expedito é candidato ao Senado, está fechado com Moraes, e certamente não quer uma adversária no grupo, no caso Jaqueline, porque concorre como postulante à única das três vagas ao Senado. Recentemente, após a sua renúncia, Cassol esteve reunido com o candidato à sucessão estadual da Frente Democrática (PT/PV/PCdoB/PSB/SD/PDT), ex-governador Daniel Pereira (SD) visando uma união com as lideranças, que tem Lula da Silva (PT) como candidato a presidente da República. Apesar de Cassol ser centro-direita não estaria descartada a possibilidade de uma parceria, mesmo não sendo 100%.
Eleições – Estamos a 20 dias das eleições gerais, que serão realizadas em primeiro turno no dia 2 de outubro, quando os eleitores elegerão um senador, dos três de cada Estado e do Distrito Federal, e os deputados federais e estaduais. As eleições a presidente da República e a governadores têm possibilidades de segundo turno (30 de outubro), caso nenhum dos concorrentes consiga 50% mais um dos votos válidos. A presidência da República deverá ter segundo turno como o ex-presidente Lula (PT) e o presidente Bolsonaro (PL), que concorre à reeleição. Em Rondônia, devido ao equilíbrio de vários dos candidatos a governador, o 2º turno é praticamente inevitável.
Vilhena – Devido à cassação do prefeito e da vice de Vilhena, Eduardo Japonês e Patrícia da Glória, respectivamente, ambos, na época, filiados ao PV, pela justiça eleitoral em fevereiro deste ano teremos eleição suplementar no dia 30 de outubro, mesma data das eleições gerais em segundo turno. Os partidos já estão se organizando para a realização das convenções e escolha dos candidatos a prefeito e vice de Vilhena. O PP fará parceria com o MDB, e já indicou o vice, o empresário Aparecido Donadoni, que esteve cotado para concorrer a deputado federal, mas desistiu. Segundo o site “Extra de Rondônia”, com sede em Vilhena, a cúpula do MDB, diz que tem três nomes para concorrer a prefeito, porém, já estaria decidido, que será o empresário Carlos Shumman Júnior. A convenção do MDB será realizada na sexta-feira (16).
Cacoal – O município de Cacoal, que está entre os quatro mais importantes política, econômica e socialmente de Rondônia tem somente um representante na Assembleia Legislativa (Ale), o deputado Cirone Deiró (UB). Na atual legislatura, tinha dois, o atual prefeito de Cacoal, Adailton Fúria (PSD), eleito em 2020 e Cirone. Para as eleições deste ano, além de Deiró, que busca a reeleição, a ex-prefeita e ex-deputada estadual Glaucione Rodrigues (MDB) está concorrendo e, como tem um eleitorado consolidado não deverá ter muitas dificuldades para se eleger. Dos novos nomes desponta o vereador Paulo Henrique, do PTB, que se destaca no parlamento mirim e com chances de chegar ao parlamento estadual. A expectativa é de Cacoal eleger, no mínimo, três deputados para a próxima legislatura.
Respigo
Impressiona como aumentou de forma considerável os acidentes na BR 364, principal rodovia federal de Rondônia. O trecho conhecido como “Corredor da Morte”, de cerca de 700 quilômetros (Porto Velho a Vilhena) continua fazendo vítimas fatais, diariamente +++ Uma viagem de Porto Velho a Ji-Paraná, com aproximadamente 377km era cumprida em pouco mais de 4 horas. Hoje, devido ao movimento elevado e tráfego intenso de veículos pesados demora mais de 5 horas, além de um susto atrás do outro +++ Outro problema é que na maioria do trecho se trafega prensado entre carretas, bitrens e treminhões, que trazem grãos ao porto graneleiro do rio Madeira, em Porto Velho. Em média circulam 2,5 mil veículos/dia no transporte de soja e milho, que são exportados via porto graneleiro da capital +++ Não será muito fácil a reeleição do presidente regional do PSB em Rondônia, deputado federal Mauro Nazif. O jovem advogado e professor universitário, Vinícius Miguel vem crescendo junto as lideranças regionais e há quem aposta, que ele será o mais bem votado dentro do partido.