Publicada em 22/09/2022 às 11h43
"Até hoje, temos sete casos confirmados, entre os quais temos uma morte confirmada", disse o responsável pelo Ébola no Ministério da Saúde do Uganda, Kyobe Henry Bbosa, numa conferência de imprensa da Organização Mundial da Saúde (OMS).
"Além disso, temos também sete casos prováveis" que ainda não estão confirmados, acrescentou o responsável, avisando que o número de contágios poderá aumentar nos próximos dias.
"Temos registados até 11 contactos e conseguimos rastrear 43 até agora", acrescentou o médico ugandês.
O Uganda declarou esta terça-feira um novo surto de Ébola, depois de confirmar o caso do distrito de Mubende, no centro, onde um homem de 24 anos morreu devido à doença causada por este vírus, e publicou uma série de recomendações à população para prevenir o contágio da doença.
"O Ébola é mortal, mas evitável", indicou o Ministério da Saúde, pedindo a toda a população para "manter em todos os momentos uma boa higiene das mãos, um ambiente limpo e higiénico e lavar de forma regular a roupa e as ferramentas com sabão e água limpa".
No Twitter, o Governo deixou uma série de mensagens explicando que "o Ébola propaga-se de múltiplas formas", nomeadamente através de "feridas abertas na pele, contacto físico com uma pessoa infetada e contacto físico com doentes ou mortos".
Até agora, registaram-se sete surtos de Ébola com a variante do Sudão, quatro no Uganda e três no Sudão, de acordo com a OMS.
O Uganda notificou pela última vez um surto de Ébola da variante do Sudão em 2012, não havendo vacina contra esta variante, ao contrário do que sucede com a variante do Zaire, registada em epidemias desta doença na vizinha República Democrática do Congo (RDCongo).
O Ébola, que se propaga por contacto com fluidos corporais de uma pessoa infetada ou materiais contaminados, manifesta-se como uma febre hemorrágica mortal. Os sintomas incluem febre, vómitos, diarreia, dores musculares e, por vezes, hemorragias internas e externas.
O Uganda tem tido múltiplos surtos de Ébola, incluindo um em 2000 que matou centenas de pessoas.