Publicada em 10/10/2022 às 11h48
Porto Velho, RO – A disputa em Rondônia entre os xarás Marcos Rocha, do União Brasil, e Marcos Rogério, do PL, não é só pelo comando do Palácio Rio Madeira.
Antes disso, os políticos travam uma batalha silenciosa pelo apoio – ou ao menos a sinalização deste –, do presidente da República Jair Bolsonaro. A despeito de Bolsonaro ser da legenda de Rogério ele deixou claro que, nesta etapa da contenda, manterá a neutralidade.
A mesma postura não vale para ex-aliados de Marcos Rocha, como, por exemplo, o deputado estadual reconduzido Luizinho Goebel, do PSC, liderança política do Cone Sul. Outro que mudou de time foi o candidato derrotado à Câmara, Breno Mendes, do Avante.
Agora com Marcos Rogério, Goebel encorpa um time de parlamentares bastante significativo ao lado de nomes como Laerte Gomes, do PSD, o mais votado do primeiro turno. Além deles há Jean Mendonça (PL), Taíssa Sousa (PSC), Affonso Cândido (PL) e Nim Barroso (PSD).
Lado outro, Rocha tem a seu favor, na mesma região de Goebel, a família Donadon, neste caso capitaneada pela aliança formalizada com Rosângela, também reeleita.
Em Ariquemes, o presidente da Assembleia (ALE/RO) Alex Redano, do Republicanos, e sua esposa, Carla Redano, prefeita do município.
Aliás, o atual mandatário do Poder Executivo estadual conta com apoio de mais de 30 prefeitos para a caminhada rumo à reeleição, e, à exceção de Carla Redano, já citada, há outras forças como Hildon Chaves, do PSDB de Porto Velho; e Adaílton Fúria, prefeito de Cacoal ligado ao PSD.
Na Região Central o militar também conta com apoio do chefe do Executivo municipal, Isaú Fonseca, do MDB.
O parlamenta reeleito Alan Queiroz, do Podemos, que caminhou com Léo Moraes no primeiro turno das eleições, também rendeu total apoio a Rocha.
Marcos Rocha encerrou o primeiro turno com 38,88%, alcançando 330.656 votos válidos; Rogério ficou com 37,05%, chegando a 315.035 votos.
Os brasileiros voltam às urnas no dia 30 de outubro, domingo, quando escolherão entre Lula, do PT; e Bolsonaro, do PL, para ocupar a Presidência da República pelos próximos 4 anos.
Já os rondonienses, além da dupla, terão Marcos Rocha e Marcos Rogério como opções.
E a contenda já está sendo decidida a cada aliança, a cada medida tomada, a cada apoio formalizado.