Publicada em 05/10/2022 às 13h55
Abstenção – Rondônia foi o Estado da Federação que apresentou os maiores índices de abstenção, nas eleições gerais realizadas no domingo (2). Segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), 27,8% dos eleitores do Estado deixaram de votar no primeiro turno. Somente o Rio de Janeiro teve abstenção superior a Rondônia, quando 28,08% dos eleitores não compareceram às urnas. Como Rondônia tinha mais de 1.2 milhão de eleitores em condições de voto para as eleições deste ano, cerca de 331 mil deixaram de votar. É um número dos mais elevados, superior a votação do primeiro colocado no primeiro turno, Marcos Rocha (UB), que concorre à reeleição, e que somou 330. 656 votos, 38,88% dos votos válidos.
Abstenção – A situação do eleitor em Rondônia tem que ser revista pelos candidatos, que disputarão o segundo turno, o governador Marcos Rocha, que concorre à reeleição, e o senador Marcos Rogério (PL). Os municípios de Ji-Paraná (91.853 eleitores) e de Ariquemes (69.390 eleitores), segundo e terceiro maiores colégios eleitorais de Rondônia, respectivamente, apresentaram os maiores índices de abstenção nas eleições gerais do último domingo (2). Ji-Paraná, por exemplo, teve Marcos Rogério e o deputado estadual Laerte Gomes (PSD), o mais bem votado no Estado (25.603 votos), ambos com domicílios eleitorais na Capital da BR e, mesmo assim, mais de 30% dos eleitores deixaram de votar. No Estado, três em cada dez eleitores não compareceram às urnas. Os candidatos no segundo turno devem buscar meios e formas de mobilizarem esses eleitores que não votaram.
Campanha – A campanha eleitoral de hoje, dos tempos modernos, da tecnologia, facilita o contato com as pessoas, mas não o olho no olho, o corpo a corpo. Em razão da quantidade enorme de notícias falsas (fake news) que predominam nas redes sociais, quase sempre desinformando e não informando ajuda as pessoas a não cumprirem com o seu dever cívico na escolha dos seus governantes. Quem está disposto a governar Rondônia a partir do próximo ano, deve promover uma revisão na campanha política e buscar maior contato com as pessoas, não somente pedindo votos, apresentando suas propostas, projetos, mas orientando e destacando a importância do voto. O elevado índice de rejeição em Rondônia sinaliza, que as campanhas não estão sendo convincentes e demonstra, no mínimo, falta de maior proximidade dos candidatos com os eleitores.
Vilhena – Além das eleições em segundo turno a presidência da República, com o ex-presidente Lula da Silva (PT) e o atual, Jair Bolsonaro (PL), em Rondônia teremos eleição suplementar em Vilhena, para escolha do prefeito e do vice. É que Eduardo Japonês e Patrícia da Glória, ambos eleitos pelo PV nas eleições municipais (prefeito, vice e vereadores) em novembro de 2020 foram cassados, após denúncia de compra de votos. O TRE-RO marcou eleição suplementar a ser realizada junto com o segundo turno das gerais (presidente da República e governador) para o próximo dia 30. Estão liberados pela justiça eleitoral para concorrer quatro candidatos, que já tiveram os nomes confirmados.
Candidatos – Estão em condições de concorrer a prefeito do município de maior importância social, econômica e financeira do Cone Sul, Vilhena, com mais de 64 mil eleitores em condições de votar, quatro candidatos. Concorrem Ronaldo “Fanta” Giotto (PSD), Gilmar da Farmácia (PSD), prefeito interino Ronildo Macedo (Podemos) que tentará a reeleição e Raquel Donadon (PL). É fundamental que os candidatos a prefeito e seus coordenadores de campanha procurem conscientizar o eleitor que, além de votar a governador e a presidente da República, no caso de Rondônia, que terá segundo turno, em Vilhena também terá que escolher o novo prefeito. O menor índice de abstenção entre os maiores municípios de Rondônia, no primeiro turno, foi Vilhena (26,93%), mesmo assim é um número muito elevado.
Respigo
A esperança que Porto Velho elegesse um senador nas eleições do último dia 2 ficou para 2026. A deputada federal Mariana Carvalho (PRB), que largou bem na marcha da apuração acabou perdendo terreno e o empresário Jaime Bagattoli (PL), de Vilhena, ganhou a vaga pela diferença de 29.929 votos +++ Hoje os três senadores são do interior: Confúcio Moura do MDB é de Ariquemes, Acir Gurgacz do PDT e Marcos Rogério (PL), de Ji-Paraná. A vaga que estava em disputa é a do Acir, que Bagattoli ocupará a partir de janeiro de 2023 +++ AS três cadeiras continuarão sendo do interior. Só que uma delas é do Cone Sul, com Bagattoli +++ Caso o senador Marcos Rogério, que disputará as eleições a governador de Rondônia em segundo turno conseguir se eleger, o seu primeiro suplente é o advogado Samuel Pereira de Araújo, que é de Porto Velho. Somente assim para a capital ter um senador no Congresso Nacional.