Publicada em 17/10/2022 às 13h48
Prefeitura – As eleições gerais deste ano, ainda, não terminaram. Teremos no próximo dia 30 o segundo turno a presidente da República (Lula e Bolsonaro) e em doze Estados da Federação, inclusive Rondônia, onde Marcos Rocha (UB), que concorre à reeleição e o senador Marcos Rogério (PL) disputam o governo do Estado. Mas já é possível antever as eleições municipais de 2024 em Porto Velho de que teremos uma disputa das mais acirradas entre os deputados federais Mariana Carvalho (PRB) e Léo Moraes (Podemos), que concorreram ao Senado e governo do Estado, respectivamente, e ficaram fora do segundo turno.
Prefeitura II – Mariana e Léo Moraes têm domicílio eleitoral na capital e ambos já disputaram a prefeitura, sem sucesso. Mariana concorreu em 2012 e não conseguiu votos suficientes para chegar ao segundo turno. Em 2016 Léo disputou a prefeitura da capital e, apesar de chegar ao segundo turno, foi superado pelo atual prefeito, Hildon chaves (PSDB), que foi reeleito em 2020. As perspectivas para 2024 é que Mariana e Leo Moraes deverão buscar a Prefeitura de Porto Velho, pois ambos foram bem votados na capital nas eleições de 2 de outubro. Mariana somou 97.329 votos (41,27%) ao Senado, e Léo Moraes 53.574 votos (21,26%) votos) na capital a governador. Em Porto velho, no primeiro turno, Léo perdeu para Marcos Rocha-UB, 98.731 votos (39,18%) e Marcos Rogério-PL 68.597 votos. Léo obteve pouco mais de 52 mil votos.
Prefeitura III – Mas certamente Léo e Mariana não estarão disputando a prefeitura da capital como favoritos. O deputado federal Mauro Nazif (PSB), que já foi prefeito no período de 2013 a 2016, que não conseguiu a reeleição no último dia 2 estará entre os candidatos à sucessão municipal em 2024. Nazif tem a maioria do seu eleitorado em Porto Velho, onde está concentrado o maior número de servidores públicos federais, nicho onde ele sempre esteve bem cotado. Como ficou de fora dos eleitos e reeleitos à Câmara Federal nas eleições em primeiro turno este ano, certamente estará na lista de candidatos a prefeito daqui a dois anos. Nazif já foi vereador em Porto Velho, deputado estadual eleito pela capital e deputado federal eleito em 2018 com pouco mais de 30 mil votos. Nas eleições de 2 de outubro não conseguiu se reeleger e obteve somente 16.771 votos.
Candeias – Situação das mais complicadas a do prefeito de Candeias do Jamari, Valteir Queiroz (Patriota). Ele já foi alvo de operações policiais (PF, Civil), Ministério Público (MP) e Controladoria Geral da União (CGU). O Tribunal de Contas (TC) estadual apresentou recentemente relatório apontando 20 irregularidades praticadas pela administração de Valteir. Há na câmara de vereadores denúncia de um cidadão do município de uma série de irregularidades praticadas pelo prefeito, que exigem intervenção dos vereadores, afinal de contas, eles são os “fiscais do povo”. Vários vereadores estão “fechados” com o prefeito, não para o apoio administrativo das boas causas do município. Se as denúncias que chegaram aos vereadores não forem motivo para uma CEI (Comissão Especial de Inquérito), tem algo no final do túnel... E certamente não é ouro, mas quase isso...
Negociações – Um badalado prefeito de Rondônia tem negociado com maestria sua permanência no cargo, mesmo com denúncias em cima de denúncias. E nas “negociações” para o “diga ao povo que fico” estariam aluguéis de ônibus escolares e para pacientes do SUS, aluguéis de prédios, cargos na prefeitura, através de portarias. São algumas das “ações pró-permanência no cargo” do solerte administrador público municipal sempre generoso com o custo das locações. Até encascalhamento de estradas, que é obrigação da prefeitura está no “pacote” de acordos nada democráticos. É importante destacar, que qualquer semelhança a um chefe de executivo municipal da região é “mera coincidência”. E a frase atribuída ao ilustre líder francês Charles de Gaulle, ex-presidente da França, que não seria dele, que “o Brasil não é um país sério” continua viva...
Respigo
Hoje (17) por volta das 6h50 um caos no trânsito de Porto Velho no cruzamento das avenidas Chiquilito Erse e Imigrantes. O semáforo estava com problemas e, como ocorre sempre nessas ocasiões, ninguém da Secretaria Municipal de Trânsito-Semtran para organizar e orientar motoristas, motociclistas e pedestres +++ Isso ocorre com regularidade e a tônica é a mesma: ninguém da Semtran aparece. Até quando o trânsito da capital permanecerá desorganizado, mal fiscalizado e violento? +++ Motoristas que transitam com regularidade na BR 364, no trecho entre Porto Velho a Ji-Paraná, com cerca de 380 quilômetros não reclamam da pista, que está com o piso aceitável, após os trabalhos de tapa-buracos, que ocorrem nos períodos de verão amazônico (seca durante aproximadamente seis meses). Mas lamentam o movimento elevado de veículos pesados dificultando e tornando perigosas as ultrapassagens e um tráfego seguro, pois os carros pequenos sempre estão entre carretas, bitrens e treminhões +++ Por isso a necessidade de duplicar a rodovia no trecho Porto Velho a Vilhena (cerca de 700km). Bancada federal e governo do Estado devem se conscientizarem, que a Rondônia de hoje é totalmente diferente da década de 80, quando a 364 foi construída e nunca adequada à realidade.