Publicada em 24/10/2022 às 16h06
Onovo ministro sueco dos Negócios Estrangeiros, Tobias Billström, disse que o seu Governo partilha a preocupação da Turquia com o Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), considerado uma organização terrorista na Turquia, Europa e Estados Unidos.
"Não haverá farsa do Governo sueco em relação ao PKK. Estamos totalmente por trás de uma política que significa que as organizações terroristas não têm o direito de funcionar em território sueco", indicou Billström em entrevista à agência de notícias Associated Press (AP).
A Turquia bloqueou a tentativa histórica da Suécia e da Finlândia de entrar na NATO devido a preocupações de os dois Estados -- o sueco em particular -- se terem tornado um refúgio seguro para membros do PKK e grupos aliados.
Ao abrigo de um memorando de entendimento assinado numa cimeira da NATO em junho, a Suécia e a Finlândia comprometeram-se a não apoiar os curdos na Síria e a suspender os embargos de armas à Turquia impostos após a sua invasão no norte do território sírio em 2019.
Também concordaram em "atender a pedidos pendentes de deportação ou extradição de suspeitos de terrorismo", apesar da ampla definição de terrorismo na Turquia, onde as leis antiterror foram usadas para reprimir os opositores do Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan.
"Tudo o que está escrito no memorando trilateral, e que foi acordado por todas as três partes, deve ser cumprido, precisa de ser cumprido por todas as três partes", realçou Billström, acrescentando que "tudo deve ser feito de forma legalmente segura".
O PKK lidera uma insurgência armada contra o Estado turco desde 1984 e o conflito já resultou na morte de dezenas de milhares de pessoas.
A Hungria e a Turquia são os únicos Estados-membros da NATO que ainda não ratificaram a adesão da Suécia e da Finlândia, países que se apressaram em pedir a adesão à Aliança Atlântica após a invasão russa da Ucrânia em 24 de fevereiro.