Publicada em 01/10/2022 às 08h31
O Sebrae em Rondônia promoveu um workshop sobre Ecossistema de Inovação nos dias 28 e 29 de setembro, em sua sede, em Porto Velho. O encontro contou com a presença de instituições parceiras, gestores de programas e ações, ambientes de inovação, instituições de ciência, tecnologia e inovação e outros.
“O Sebrae em Rondônia vai investir cada vez mais na inovação, nas startups e no ecossistema de inovação. Precisamos viabilizar projetos que movimentem a inovação, estamos apoiando diversos projetos, entre eles a Amazônia+21, e para isso precisamos qualificar as pessoas para que promovam o desenvolvimento dos projetos de inovação no nosso estado”, afirmou o diretor superintendente em exercício, Samuel Almeida.
Um ecossistema de inovação pode ser comparado a um ecossistema biológico, que pode ser entendido, resumidamente, como um conjunto complexo de relacionamentos entre recursos vivos, hábitats e habitantes de uma área cuja funcionalidade é manter um estado de equilíbrio sustentado. Já um ecossistema de inovação se caracteriza por um conjunto de relações complexas que se formam entre os atores ou entidades que estão envolvidos para viabilizar o desenvolvimento tecnológico e a inovação. Dessa forma, pode-se entender que os diversos ecossistemas são vistos como resultado das relações de interações entre seus atores, tendo cada ator seu próprio papel.
Os atores de um ecossistema de inovação são empreendedores, organizações públicas e privadas, instituições de ensino e pesquisa, ambientes de inovação e governo. Eles devem estar em conexão para, de forma colaborativa, desenvolverem ações que apoiem o fortalecimento da inovação e a competitividade de suas empresas. A integração dos atores e dos processos de um ecossistema possibilita a efetividade de resultados e reflete o grau de maturidade de um ecossistema.
“O workshop é o início dos trabalhos, no sentido de envolvermos os atores do ecossistema de inovação de Porto Velho, para que comecemos um trabalho conjunto de desenvolvimento do ecossistema. Esse avanço só será possível se houver cooperação e engajamento dos atores. Estamos dando o primeiro passo para que esse processo seja construído de uma maneira estruturada que faça sentido para realidade de Porto Velho e que traga resultados concretos. Pelo que pude observar, os atores de Porto Velho contam com todas as condições favoráveis para que essa agenda prospere”, avaliou o palestrante do Sebrae Nacional, Krishna Aum de Faria.
O Sebrae desenvolveu a metodologia do Ecossistema de Inovação, mas essa metodologia é para o mercado. A palestra do dia 28 teve como objetivo mapear os atores do ecossistema de inovação local, visando potencializar os atores de inovação e conectar a quádrupla hélice.
Durante os últimos anos foi desenvolvida uma série de ações nos municípios buscando estimular o empreendedorismo, gerar novos empreendimentos intensivos em conhecimento e desenvolver e consolidar empresas inovadoras. Uma vez que intensifica sua atuação, se depara com municípios mais ou menos estruturados para impulsionar as novas atividades econômicas.
O workshop do dia 29 teve como enfoque a implementação do ecossistema de inovação, e para isso foram realizadas dinâmicas que construíram os pontos fortes e fracos de Porto Velho, além de desenvolverem as linhas de atuação dos atores. A função do Sebrae foi apresentar, explicar e facilitar a imersão no ecossistema de inovação, mas a implementação e o protagonismo são de todos. Os parceiros presentes no workshop participaram de uma agenda para o desenvolvimento de Porto Velho, sob a ótica da inovação.
“Identificamos que em termos de status de evolução um dos pontos fracos de Porto velho é a questão do aporte de investimento de risco, a ausência de uma governança, de um comitê que possa pensar na inovação. Em Porto Velho essa governança não existe, e o ecossistema de inovação tem um grande potencial de crescimento. As universidades são fundamentais nesse processo”, avaliou Krishna Aum de Faria, que acrescentou: “O governo tem emanado alguns esforços a essa causa, mas de maneira tímida, então estamos com uma expectativa maior, que é a formulação de novas políticas públicas e a constituição de fundos para criação de uma ambiência favorável para o desenvolvimento do empreendedorismo inovador em Porto Velho”.