Publicada em 05/10/2022 às 14h41
O secretário norte-americano de Estado, Antony Blinken, teve duas reuniões com os presidente recém-eleitos Gustavo Petro, da Colômbia, e Gabriel Boric, do Chile, e fez elogios após os encontros.
Em Bogotá nesta terça-feira (4), Blinken afirmou que o acolhimento feito pelo governo colombiano dos migrantes é um "modelo para muitos outros lugares". O norte-americano elogiou especialmente os "centros de inclusão" para os estrangeiros, que oferecem capacitação, serviços básicos de saúde e oportunidades de empregos para quem chega à Colômbia.
Em outro momento da coletiva, o chefe da diplomacia de Washington afirmou que o governo de Joe Biden "respeita a soberania" colombiana ao não extraditar traficantes de drogas internacionais que cooperam com a justiça, mas afirmou que seu país não parará de combater o narcotráfico internacional.
"Continuaremos a trabalhar sobre esse tema de uma maneira muito específica. Os sistemas continuarão a funcionar, continuaremos a investigar e buscar perseguir aqueles que infringem as nossas leis e trabalhar nas extradições", acrescentou, dizendo porém que "apoia com força a abordagem holística" do presidente colombiano.
Petro, por sua vez, defendeu a política de seu governo no combate ao narcotráfico e ressaltou que não vai extraditar os mafiosos que decidirem abandonar o crime e aceitarem "a paz total". Aqueles que não colaborarem, serão extraditados.
Nesta quarta-feira (5), Blinken foi a Santiago e se reuniu por cerca de 40 minutos com Boric no Palácio da Moeda, sede do governo do Chile. Após o encontro, o norte-americano agradeceu pela "conversa de qualidade" com o mandatário e ressaltou que os dois países "estão fortalecendo nossos vínculos econômicos".
Além da reunião com Boric, o representante de Washington se reuniu com sua homóloga chilena, Antonia Urrejola, em que foram debatidos a aliança de mais de 200 anos "que abraça as coisas que mais importam para nossos povos: temas econômicos, de segurança, clima e até o espaço ultraterrestre".
Já Urrejola afirmou que pediu que os EUA mudem sua política em relação à Venezuela, que segue a mesma desde a linha de ruptura adotada por Donald Trump, e que sejam retomadas as negociações entre a oposição e o governo de Nicolás Maduro no México.
Após as idas à Colômbia e ao Chile, Blinken ainda irá para o Peru, onde encontrará outro presidente da esquerda sul-americana, Pedro Castillo, e participará da 52ª edição da Assembleia Geral da Organização dos Estados Americanos (OEA).