Publicada em 17/11/2022 às 10h42
Porto Velho, RO – Matéria veiculada nesta quinta-feira (17) pelo portal UOL e intitulada “Moraes manda bloquear contas de 43 suspeitos de financiar atos golpistas” acende um alerta inclusive para patrocinadores de Rondônia – ainda na penumbra.
Óbvio que há de se fazer distinção entre as investidas de ordem golpista, que incluem violações de direitos de terceiros, como o de ir e vir, este conservado pela Constituição Federal de 88 (CF/88), e as pacíficas, como os protestos em frente a quartéis com cânticos nacionalistas.
No último caso, a despeito de as exigências dessa fatia da população, que perdeu nas urnas, estarem calcadas num pedido de golpe de Estado – com suas solicitações descabidas de ‘intervenção federal’–, vá lá, não atrapalhando o andamento do resto da sociedade e enquanto os militares aguantarem a perturbação, que fiquem.
O ministro do Supremo (STF) está soltando canetadas a torto e a direito a fim de coibir excessos E neste caso específico a razão lhe pertence.
Porém, o jornal Rondônia Dinâmica não concorda com todas as decisões do Supremo, e justamente por conta disso sua linha editorial defendeu, à época, a instauração da CPI da Lava Toga, porque compreende: não há Poder ou entidade que não deva ser investigada, passada a limpo, dentro dos ditames da lei.
Por isso políticos demagogos como Marcos Rogério, do PL, que ajudaram a “enterrar” a possibilidade legal de averiguação de condutas dos ministros não trazem resultados práticos.
Conversa fiada não é política pública nem institucional, só serve, no fim, para afagar determinada “bolha” fomentando de maneira cíclica possibilidades de reeleições.
Lado outro, os patrocinadores de atos que fogem às permissões amplas concedidas pelo Estado Democrático de Direito, covardes, por sinal, porque correm da linha de frente, poderão pegar até oito anos de cadeia por incorrerem no crime de “Abolição Violenta do Estado Democrático de Direito”.
Isto, claro, além de terem as contas bloqueadas.
As deliberações legais – cedo ou tarde – chegarão também a Rondônia. E os financiadores dos atos antidemocrático, os que violam a lei e não se enquadram em manifestação pacífica, terão sobre si o peso do malhete.
Março de 64 ficou para trás. Acabou.