Publicada em 26/11/2022 às 09h53
Porto Velho, RO – Enquanto o Brasil entra no ritmo de furor por conta da Copa do Mundo no Qatar a parte criminosa entre o segmento da população que resolveu se manifestar depois do resultado das eleições continua em ação.
Especialmente em Rondônia.
O Rondônia Dinâmica vem cobrando em seus editoriais e opiniões apresentadas por articulistas medidas enérgicas por parte do poder público e dos órgãos de fiscalização e controle sobre os atos terroristas praticados nas estradas.
Ainda que a Polícia Rodoviária Federal (PRF) tenha desobstruído – por enquanto –, as rodovias empacadas por barricadas ilícitas causadas por amotinados antidemocráticos e golpistas, há, lado outro, situações sem respostas.
O ataque a tiros contra a sede do site Rondoniaovivo é uma delas. Já são duas semanas sem respostas sobre quem seria o homem que disparou quase vinte vezes contra o empreendimento destruindo a fachada do jornal.
Além disso, apesar das prisões, ainda é inconcebível lidar com o fato de que pessoas simplesmente decidiram atear fogo nos caminhões do Supermercado Irmãos Gonçalves por uma “suposta” divergência política que sequer existia. A expressão “fogo amigo” nunca fez tanto sentido.
Em Jaru, dias atrás, gente inescrupulosa simplesmente decidiu jogar óleo na pista como se a BR-364 já não fosse perigosa o suficiente.
Os terroristas não se importam se crianças podem morrer. Se trabalhadores podem morrer. Enfim, a vida perdeu completamente o valor na concepção distorcida desses mentecaptos fora da lei.
“O intenso tráfego de carros particulares e táxis, que levam passageiros para diferentes cidades da região está interrompido. Um motorista que passou pelo trecho atacado fez um vídeo para mostrar o quanto o asfalto ficou escorregadio após o derramamento do óleo, o que pode causar acidentes graves”, diz a reportagem.
O Rondônia Dinâmica sempre defendeu a liberdade de expressão como valor máximo anexado ao Estado Democrático de Direito. O jornal confia nas urnas eletrônicas e entende que o pleito deste ano já acabou. Ainda assim, cidadãos e cidadãs em frente aos quartéis, de maneira pacífica, e que não estejam prejudicando a terceiros, seja como for, podem e devem entoar seus posicionamentos.
Todavia, o retorno da pandemia do Coronavírus (COVID-19/SARS-CoV-2) com força significativa. Nos últimos três dias a cada 24 horas foram registrados mais de duzentos novos casos da enfermidade.
Órgãos públicos, inclusive, já retornaram a regra de uso obrigatório da máscara. Logo, infelizmente, a despeito de ter de haver sim respeito às manifestações não-violentas, os manifestantes precisam entender que vivem em sociedade. E antes de brigar com as urnas, a fatia do povo revoltada deve compreender que a guerra mais importante é contra o vírus. E ajudar a difundi-lo não contribuirá em nada para suas respectivas causas.
Claro, muitos também estão reunidos para assistir aos jogos do Brasil. Com a vitória inaugural por 2 a 0 contra a Sérvia reside um tanto de ânimo em meio ao caos. A alegria volta a permear de maneira generalizada, ignorando, por minutos ao menos, essa rivalidade tosca, binária e polarizada patrocinada pelos brasileiros próprios brasileiros uns contra os outros.
E essa alegria momentânea também abaixa as guardas e age no sentido de esconder o inimigo de fato.
Portanto, é Copa do Mundo, sim, com toda a farra que o festejo desportivo representa, mas em meio à pandemia e ao pandemônio: o alerta tem de estar sempre no nível máximo.