Publicada em 24/11/2022 às 11h02
Para Jesuíno Boabaid, do PSD, por exemplo, “a má condução do processo feito pelo ministro do STF, Alexandre de Moraes, que, na avaliação dele, ultrapassa os limites do poder, é uma das causas do caos político instalado no país”, diz texto da assessoria da Casa de Leis.
Boabaid entende que “o momento é crítico e é preciso cautela".
Segundo o orador, em jogo está a lisura das eleições em 30 anos de existência das urnas eletrônicas.
Alex Redano, presidente da Assembleia (ALE/RO) compreende que se as irregularidades aventadas forem comprovadas “o correto é a anulação das eleições com todos os candidatos voltando a ter condições iguais e transparentes na disputa”.
Laerte Gomes, do PSD, vê que o momento é também oportuno para se pensar numa ampla reforma política-eleitoral.
Lazinho da Fetagro, do PSB, mesmo derrotado nas eleições, se manifestou no sentido de que é preciso manter o resultado. "O sistema só serve quando o presidente Jair Bolsonaro vence?", indagou.
Na última quarta-feira (23) o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Alexandre de Moraes rechaçou a demanda promovida pela legenda dirigida nacionalmente por Valdemar Costa Neto.
Além disso, multou a coligação do presidente Jair Bolsonaro em quase R$ 23 milhões, já determinando bloqueio do fundo eleitoral.
Em nota, o PL disse que já acionou a assessoria jurídica para analisar a decisão de Moraes. "O partido reitera que apenas seguiu o que prevê a Lei Eleitoral, que obriga as legendas a realizar uma fiscalização do processo eleitoral”.
Quem garante a autenticidade dos sistemas?
O G1, da Rede Globo, relata em matéria que “Os diversos sistemas de segurança inseridos nas urnas têm validade oficial porque são garantidos por uma assinatura digital”.
E diz ainda:
“Esses sistemas passam por uma série de testagens, inspeções e verificações, além de receberem chancela de entidades fiscalizadoras nacionais e observadores estrangeiros. É essa assinatura que garante o rastreio da origem dos arquivos produzidos pelas urnas”.
Acrescenta também:
“Cada urna eletrônica utilizada no Brasil tem um certificado digital único e um número interno identificador único – como um CPF que permite identificar aquele dispositivo entre os quase 600 mil disponíveis”.
E encerra:
“Essa certificação atesta que cada documento assinado por uma urna foi, de fato, emitido por aquele dispositivo. Ou seja, que não houve troca, replicação ou fraude na vinculação das informações”, conclui.