Publicada em 08/11/2022 às 16h23
Dezoito estudantes do segundo ano do ensino médio integrado dos Cursos Técnicos em Biotecnologia e em Informática do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Rondônia (IFRO) Campus Guajará-Mirim, participaram do evento de extensão “Aldeia em Movimento”. No dia 05 de novembro de 2022, eles foram à Aldeia Indígena Capoeirinha, no Rio Pacaás, onde vivem representantes do Povo Oro Nao. Foram realizados jogos de futebol masculino e feminino e prática de canoagem indígena e pesca.
A atividade foi conduzida pelo Núcleo de Extensão em Desenvolvimento Territorial (NEDET), e coordenada pelo Professor Alexandre Hudson, com apoio logístico do Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros e Indígenas (NEABI) e de servidores e estudantes colaboradores. Segundo o Professor de Filosofia do Campus Guajará-Mirim, Augusto Rodrigues de Sousa, o objetivo do evento de extensão foi propiciar a aproximação da comunidade do IFRO com a comunidade indígena da aldeia Capoeirinha e favorecer o aprendizado e troca de saberes das práticas corporais entre os estudantes do IFRO e os jovens da aldeia.
Para a estudante do 2° ano de Biotecnologia, Isis de Lima, a atividade trouxe a possibilidade de aprender um pouco mais sobre a cultura e a vida dos povos indígenas. “Sair um pouco da instituição para mim foi muito importante e acredito que o Instituto Federal nos permite muitas oportunidades de aprendizagem para além das matérias escolares”, comentou.
A Assistente de Alunos, Valquíria Alves de Sousa, nota que a atividade permitiu aos alunos criar relações mais profundas com a realidade local, além de propiciar uma reflexão sobre a importância de relacionar o estudo formal com a vida concreta das comunidades. Conforme a servidora, “me sinto muito grata por estar envolvida nesse projeto e acredito que os alunos e alunas também sentiram que essa atividade foi muito marcante para sua vida escolar”.
Os Professores Milton Oro Nao (liderança na comunidade indígena) e Alexandre Hudson (coordenador do evento junto ao IFRO) apontam que essa é a primeira de muitas ações com as quais se pretende estreitar os laços entre o Instituto Federal e as comunidades indígenas da região, numa relação de ajuda mútua e parceria.
IFRO Guajará
O município de Guajará-Mirim tem forte presença da população indígena. De acordo com os dados disponibilizados pela Coordenação Regional da FUNAI (2019), 25 etnias, habitando 46 aldeias que se distribuem em 7 terras indígenas (seis em Guajará-Mirim e uma em Nova Mamoré). A população indígena total é de aproximadamente 5.250 habitantes. Inserido na realidade local, o Instituto Federal de Rondônia, Campus Guajará-Mirim, se aproxima das comunidades indígenas e tradicionais locais por meio dos núcleos de extensão, no caso dos povos indígenas, especialmente o Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros e Indígenas (NEABI) e do Núcleo de Extensão em Desenvolvimento Territorial (NEDET).
A partir da lei 11.645/2008, a legislação brasileira, insere o estudo das culturas indígenas e afro-brasileiras como elementos obrigatórios da educação básica. A atividade de extensão realizada contribui para ampliar os laços institucionais com a comunidade local, permitir o diálogo entre as juventudes indígenas e não indígenas por meio das práticas corporais compartilhadas, assim como permite atender a missão educativa institucional ao qual o IFRO Campus Guajará-Mirim se propõe, bem como a legislação educacional brasileira.
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