Publicada em 24/11/2022 às 09h04
A influente irmã do líder norte-coreano Kim Jong Un chamou o presidente da Coreia do Sul e seu governo de "idiota", "fantoche" e "cão fiel" dos Estados Unidos, informa a imprensa estatal.
A crítica de Kim Yo Jong é uma resposta às declarações desta semana do governo sul-coreano sobre possíveis novas sanções unilaterais contra a Coreia do Norte por seus recentes lançamentos de mísseis.
"Este ato repugnante mostra mais claramente que o grupo Coreia do sul é um 'cão fiel' e um fantoche dos Estados Unidos", afirmou Kim em um comunicado divulgado pela agência estatal KCNA.
Os textos de Pyongyang escrevem Coreis do Sul com "s" minúsculo, em um aparente sinal de desrespeito.
"Eu me pergunto que 'sanções' o grupo Coreia do sul, que não é mais do que um cão selvagem correndo atrás de um osso oferecido pelos Estados Unidos, vai impor de maneira descarada à RPDC", acrescentou, utilizando o acrônimo do nome oficial do Norte, República Popular Democrática da Coreia.
A irmã de Kim acusou o presidente sul-coreano, Yoon Suk-yeol, de criar uma "situação perigosa" e o comparou de maneira desfavorável ao seu antecessor e defensor do diálogo, Moon Jae-in. Com ele, Seul "não foi nosso alvo", afirmou.
"Eu me pergunto por que o povo sul-coreano ainda permanece um espectador passivo de tais atos do 'governo' de Yoon Suk Yeol e outros idiotas", disse.
A possibilidade de novas sanções de Seul foi anunciada após o lançamento na sexta-feira passada de um míssil balístico intercontinental, o mais recente de uma série recorde de testes de armas executados por Pyongyang este ano.
Estados Unidos e Coreia do Sul afirmam que os lançamentos podem ser uma preparação para o sétimo teste nuclear da Coreia do Norte.
Os ataques pessoais abruptos a outros líderes não são incomuns na Coreia do Norte.
Antes de ser indicado como candidato democrata, o atual presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, foi descrito por Pyongyang como um "cão raivoso que deve ser agredido até a morte com um pedaço de pau". Também descreveu o ex-presidente Donald Trump como um "velho mentalmente perturbado".