Publicada em 12/11/2022 às 09h15
Eleições políticas-partidárias ocorrem no Brasil de dois em dois anos, sendo as gerais envolvendo a presidência da República, governadores, uma das três vagas ao Senado de cada Estado e do Distrito Federal, além de deputados (federais e estaduais) e as municipais (prefeitos e vereadores). Nas eleições o eleitor vota, obrigatoriamente, a não ser em casos excepcionais, mas de forma livre, espontânea.
Um dos problemas é que candidatos, principalmente os que concorrem aos cargos de presidente da República, governadores e prefeitos, que são majoritários, na maioria das vezes fazem da disputa eleitoral uma “guerra”, desnecessária e prejudicial à democracia do País, criando um clima social pesado, de animosidade, ódio, que na maioria das vezes acaba em violência.
As eleições a presidente da República deste ano tiveram somente dois personagens, Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL), tanto no primeiro como no segundo turno, elegendo Lula, que assumirá no primeiro dia do ano de 2023, para 4 anos de mandato. Houve e há enorme resistência contra a eleição de Lula, que já governou o Brasil em dois mandatos seguidos. Ocorreram –e ocorrem– diversas manifestações públicas pelo País, inclusive com fechamento de rodovias e impedindo o direito constitucional de ir e vir das pessoas.
É fundamental para o futuro econômico, social e político do Brasil, que o resultado das urnas eletrônicas, mesmo sendo contestado, seja aceito democraticamente e que, caso tenha ocorrido irregularidades, que se busque a Justiça. As manifestações são válidas, necessárias até, mas sem prejudicar terceiros, como ocorreu na maioria dos atos contra Lula.
É necessário, sim, cobrar do “novo” Congresso Nacional, que exerça sua função, que é de legislar, o Executivo de executar e principalmente o Judiciário (leia-se Supremo Tribunal Federal-STF), para que realmente seja o guardião da Constituição e não um desobediente a ela. Política é para político.
Mais do que nunca é necessário ser parceiro na administração pública, mas não conivente, para não ser inconsequente, irresponsável e ignorar o desejo de a maioria dos eleitores. Cada Poder deve exercer dignamente as suas funções, principalmente as jurídicas, que não dependem do voto do povo. Mas o Poder emana do povo...
Prudência é essencial em tudo na vida, mais na política (social, econômica, financeira, fiscal) muito mais, pois tudo gira em torno dela. O momento social no Brasil é delicado e é necessário de bom senso, responsabilidade, negociação. Política significa negociar, mas ela tem que priorizar a maioria da população, não segmentos, grupos.
Já passou da hora de os três poderes sentarem à mesa e buscarem o caminho democrático para que o País retome a normalidade social, e seja evitada uma convulsão social. Extremismo não leva a lugar algum.