Publicada em 10/11/2022 às 16h23
Com o objetivo de oferecer melhoria na prestação do serviço de segurança pública em Rondônia, o Núcleo de Operações Aéreas (NOA), iniciou mais uma etapa de aprimoramento técnico profissional do efetivo: os pilotos policiais que atuam no Estado participam de um curso no qual recebem instruções sobre o uso do cesto de resgate e puçá, equipamentos recém adquiridos pelo Governo de Rondônia, por meio da Secretaria de Estado da Segurança, Defesa e Cidadania (Sesdec).
Também faz parte do cronograma, a atualização de conhecimentos sobre o tiro embarcado e emprego do helibalde. O treinamento tem duração de sete dias e será concluído no domingo (13). Estão sendo realizadas instruções teóricas e práticas, com simulações de ocorrências de salvamento, de combate à incêndios e de tiro embarcado diurno e noturno, com emprego de helicópteros.
O secretário de Segurança de Rondônia, Felipe Vital, explica que o emprego do recursos adicionais ao salvamento de pessoas é complexo, por isso a necessidade de cursos especializados. “Representa alto grau de risco, seja à tripulação embarcada ou às vítimas resgatadas, pois o içamento de carga externa altera o peso e balanceamento da aeronave, as limitações de potência, velocidade entre outros fatores”, detalha.
A legislação aeronáutica determina que as tripulações envolvidas nessas operações, pilotos e operadores aerotáticos, recebam treinamento teórico e prático adequado e eficiente para desempenharem de forma segura e eficaz o emprego dos meios em prol da sociedade.
Treinamento utilizando o puçá, para salvamento de vítimas
Gabriel Sampaio Botelho, piloto de helicóptero e chefe do NOA, ressalta a importância do treinamento e aparelhamento moderno ao Estado. “Nós recebemos cestos de salvamento aquático para atender as demandas de rio, já que nosso Estado é rico no setor de pesca e de turismo. Agora o NOA está com equipamento exclusivo para apoiar, em casos de acidentes. Além de instrumento utilizado para apagar incêndios”, explicou.
Ricardo Herter, piloto policial, no Rio de Janeiro e também instrutor no curso, fala sobre as técnicas repassadas aos pilotos da turma. “Estamos dividindo nossas técnicas de vivência, de voo de combate, de salvamento de altura, de salvamento aquático e nossa cultura operacional, uma vez que é uma Unidade de Operações Especiais”, salientou.
Para o secretário Felipe Vital, receber apoio do serviço aéreo policial da Polícia Civil do Rio de Janeiro é importante, pois é onde nasceu a aviação da segurança pública no Brasil. “Eles têm muita experiência e hoje vieram compartilhar conosco. Somos um Estado de fronteira e temos que estar à frente da criminalidade para defender os nossos cidadãos”, finaliza.
EQUIPAMENTOS
O cesto de resgate é o equipamento utilizado para resgatar pessoas em locais de difícil acesso, onde não haja a possibilidade de pouso ou que as condições ambientais ou de limitações da aeronave não permitam aproximar-se do terreno. O puçá é utilizado para o salvamento de vítimas em meio aquático diversos.
O tiro embarcado visa a defesa da aeronave, em caso de ataque a integridade física dos integrantes da tripulação ou do próprio helicóptero e em apoio de fogo e segurança às forças de segurança em terra, quando em confrontos armados. E o helibalde destina-se ao combate a incêndios.
O NOA é a unidade integrada de operações de segurança pública aérea da Sesdec, que permite atuação em conjunto entre a Polícia Civil, Polícia Militar e Corpo de Bombeiros Militar.
Fotos: Daniel Garcia