Publicada em 01/11/2022 às 15h47
O presidente do Egito, Abdel Fatah al-Sissi, convidou o presidente eleito do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), para a conferência climática COP 27. O encontro ocorre entre os dias 6 e 18 de novembro em Sharm El Sheikh e contará com a participação de mais de 90 chefes de Estado.
"Convido você a vir ao Egito para participar da cúpula climática global COP27 em Sharm el-Sheikh", disse o presidente egípcio, Abdel Fatah al-Sissi, segundo o porta-voz presidencial na segunda-feira (31).
Al-Sissi espera que o Brasil desempenhe um papel "positivo e construtivo" na cúpula, acrescentou.
Um porta-voz de Lula informou à AFP que ele "está considerando ir, mas ainda não tomou a decisão".
Na segunda-feira (31), de acordo com a agência Reuters, a ex-ministra do Meio Ambiente e deputada federal eleita Marina Silva (Rede-SP), aliada do presidente eleito, disse que Lula enviaria representantes para a COP 27.
Antes da eleição, a ex-ministra já havia afirmado que a equipe de Lula pretende levar para a COP 27 uma proposta de revisar as metas nacionais de emissão de gases do efeito estufa, inclusive com a intenção de tornar mais ambiciosa a própria meta brasileira.
Impacto da eleição no cenário
Cientistas do clima e ambientalistas reiteraram a enorme importância dos resultados das eleições no Brasil, onde fica a maior parte da floresta amazônica.
Bolsonaro se tornou uma figura detestada pelos defensores do meio ambiente por seu apoio às atividades madeireiras e mineradoras em áreas protegidas da maior floresta tropical do planeta. Durante seu governo, a extração de madeira e os incêndios florestais cresceram exponencialmente e a floresta amazônica começou a liberar mais carbono do que absorve, mostram pesquisas.
Embora o histórico ambiental de Lula não seja impecável, ativistas dizem que não há comparação entre ele e Bolsonaro. Lula (que foi presidente entre 2003 e 2011) disse que durante seu novo mandato ele se esforçará para alcançar o "desmatamento zero".