Publicada em 22/11/2022 às 09h26
O Sintero participou na última segunda-feira ( 21/11), do II Tributo à Tereza de Benguela, promovido pelo Governo de Rondônia por meio da Superintendência Estadual da Juventude, Cultura, Esporte e Lazer (Sejucel). Na solenidade, 15 personalidades do Estado foram homenageadas pelo trabalho desenvolvido em prol da igualdade racial.
Na oportunidade, a presidenta do Sintero, Lionilda Simão, foi convidada a compor a mesa de abertura do evento em conjunto com a Superintendente da Juventude, Cultura, Esporte e Lazer: Camila Lima Ribeiro, a Coordenadora da Cultura, Madma Dias, o Conselheiro Estadual da Cultura, Rodrigo Pedro Casteleira, a representante do Conselho Estadual de Promoção da Igualdade Racial (CEPIR) e secretária de Assuntos Municipais do Sintero, Luciana Basilio, a Procuradora da República, Gisele Dias de Oliveira Bleggi, entre outros representantes do Governo de Rondônia.
Em seu pronunciamento, Lionilda Simão, destacou que apesar do 20 de novembro representar um dia simbólico para a luta do povo preto, as pautas que visam combater o preconceito, discriminação e racismo devem ser discutidas todos os dias, principalmente nas escolas públicas. Também ressaltou que a Lei nº 10.639/2003, que estabelece a inclusão no currículo da Rede de Ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira, pode ser considerada uma grande aliada na luta pelo empoderamento negro, visto que através do conhecimento e do acesso à cultura muitos dos esteriótipos e vestígios do racismo estrutural podem ser combatidos através do conhecimento.
A secretária de Gênero e Etnia do Sintero, Rosa Negra, foi uma das homenageadas do evento e, na ocasião, fez duras críticas aos índices de violência no país que atingem de forma mais severa o povo negro. É importante destacar que os dados do Atlas da Violência 2021 apontam que a chance de uma pessoa negra ser assassinada no Brasil é 2,6 vezes superior a uma pessoa não negra. Além disso, Dados do 15º Anuário Brasileiro de Segurança Pública mostram que a cada três vítimas de feminicídio no país, duas são mulheres negras, o que representa 61,8% das mortes.
“Precisamos colocar em prática a Política Nacional de Promoção da Igualdade Racial. Os negros correspondem a 56% da população brasileira e devem ser tratados com mais respeito. São eles os mais atingidos pela fome, desemprego e demais problemas estruturais resultantes de uma sociedade que os mantém invisibilizados”, disse Lionilda Simão, presidenta do Sintero.