Publicada em 23/11/2022 às 09h09
O número de mortos após o terremoto que atingiu a Indonésia na segunda-feira (21) subiu para 271, informou o governo local nesta nesta quarta-feira (23). Há ainda cerca de 40 desaparecidos e milhares de feridos, além de 7.060 pessoas que tiveram de deixar suas casas por conta do tremor, que atingiu Java e foi sentido também em Jacarta.
O diretor da Agência Nacional de Resgate e Buscas do governo indonésio, Henri Alfiandi, afirmou que a maioria das vítimas eram crianças que estavam na escola no momento do tremor, que ocorreu as 13h no horário local. Alfiandi afirmou ainda que o estado das estradas e de edifícios dificulta muito os trabalhos de buscas.
Segundo o Serviço Geológico dos Estados Unidos - que registra tremores no mundo inteiro -, o epicentro foi em Cianjur, na região ocidental de Java, a principal ilha do país e que fica a cerca de 75 quilômetros da capital do país, Jacarta.
O presidente da Indonésia, Joko Widodo, viajou à região nesta terça-feira para acompanhar os trabalhos de busca.
Autoridades de Cianjur disseram dezenas de prédios foram total ou parcialmente danificados. Houve também muitos feridos por conta das réplicas - em apenas duas horas após o tremor principal, a agência geofísica do país registrou 25 delas.
O tremor de magnitude 5,6, que aconteceu a uma profundidade de 10 km, foi fortemente sentido na área metropolitana de Jacarta, que tem centenas de prédios comerciais. Os arranha-céus da capital balançaram por mais de três minutos, e alguns foram evacuados.
A Indonésia, um vasto arquipélago de mais de 270 milhões de pessoas, é frequentemente atingida por terremotos, erupções vulcânicas e tsunamis devido à sua localização no “Anel de Fogo”, um arco de vulcões e falhas geológicas na Bacia do Pacífico.
É incomum, no entanto, que os tremores sejam sentidos em Jacarta.