Publicada em 25/11/2022 às 09h08
O presidente ucraniano disse ao Conselho de Segurança da ONU, através de uma videoconferência, que a "fórmula de terror" russa obrigou "milhões de pessoas" a lidar com a falta de eletricidade e aquecimento, e com água em temperaturas congelantes.
A Ucrânia confirmou que os ataques mataram pelo menos sete pessoas e provocaram apagões em todo o país.
As três usinas nucleares sob controle ucraniano foram desconectadas da rede, e a usina de Zaporizhzira - a maior da Europa - foi forçada a depender de geradores a diesel para alimentar seus sistemas de resfriamento e equipamentos de segurança essenciais.
O país vizinho, Moldova, também sofreu apagões em grande escala na quarta-feira (23), mas não foi atingido diretamente por nenhum ataque.
A Rússia intensificou os ataques à infraestrutura energética da Ucrânia com a chegada do inverno, e as autoridades dizem que as explosões causaram danos "colossais" e deixaram mais da metade da rede do país com necessidade de reparos.
"Hoje é apenas um dia, mas fomos atingidos por 70 mísseis. Essa é a fórmula russa de terror," Zelensky disse.
O presidente explicou que a Ucrânia está esperando para ver "uma reação firme" aos ataques aéreos por parte do resto do mundo, e pediu que fosse negada a Moscou uma votação sobre qualquer decisão relativa às suas ações.
"Não podemos ser reféns de um terrorista internacional. A Rússia está fazendo tudo para transformar um gerador de energia em uma ferramenta mais poderosa do que a Carta das Nações Unidas," o presidente finalizou.