Publicada em 27/12/2022 às 10h23
Porto Velho, RO – Superado o tenebroso ano de 2022, ao menos politicamente falando, à exceção de atos irrisórios, risíveis e inócuos em frente a quartéis Brasil afora, a classe só quer saber de 2024.
Como no País só se chega ao Poder por meio de eleições propiciadas pelo retorno do Estado Democrático de Direito em 88 – isto após longos anos da ditadura –, sem espaço para golpes tupiniquins a despeito do amor ainda conservado por parte da direita histérica pela assunção via tapetão castrense, só interessa o próximo pleito.
Daqui a dois anos, as definições renovarão ou reconduzirão prefeitos e vereadores. Portanto, são escolhas de suma importância aos municípios.
Em 2020, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) chegou a noticiar que a disputa pela edilidade chegava a 58.208 vagas, o que coloca os vereadores como a principal força política em termos de dispersão e atuação.
O poder da vereança é muito maior do que popularmente se concebe, algo como dar nome a ruas e distribuir títulos a apaniguados.
Aliás, é muito pelo contrário. O vereador tem a força fiscalizatória necessária para levar o Executivo municipal a agir corretamente, de acordo com a previsão orçamentária, seja na condição de parceiro, seja como oposição.
Em Porto Velho, de acordo com coluna publicada pelo jornalista Sérgio Pires, oito nomes já surgem no horizonte como possibilidade de suceder Hildon Chaves, do União Brasil, na condução do Palácio Tancredo Neves.
Mariana Carvalho, do Republicanos; Daniel Pereira, do Solidariedade; Marcelo Cruz, do Patriota; Vinícius Miguel, do PSB; Fátima Cleide, do PT; Cristiane Lopes, União Brasil; Léo Moraes, do Podemos; e Mauro Nazif, também do PSB.
Muita água ainda vai rolar debaixo da ponte. Inclusive provavelmente Chaves apresentará seu sucessor quando chegar o momento e o apoiará, pinçando provavelmente Mariana Carvalho dentro os oito nomes já cotado.
Porém, nada é previsível. Nada é palpável. Nada está sacramentado.
Especialmente se a população tirar alguma lição de 2022 em termos de enlaces específicos para eleições.
Há pouco tempo, o senador licenciado Marcos Rogério, do PL, chegou a anunciar a apoio ao amigo Expedito Júnior, do PSD; mas desembarcou e foi com Jaime Bagattoli, seu correligionário e vencedor da disputa pela cadeira no Senado Federal.
O mesmo ocorreu com a amizade que conservava com o próprio Hildon; lado outro, o que parecia um torcer de nariz tornou-se amizade plena, e Chaves aliou-se a Marcos Rocha, do União Brasil, reeleito governador.
Numa releitura de amigos, amigos, negócios à parte o mesmo aplica-se à política.
A verdade é que a sociedade da Capital precisa se preparar mais “guerras” e mais “amore” repentinos porque nada fica do jeito que está agora.
E qualquer um desses expoentes pode surpreender positiva ou negativamente.
Os dados já estão lançados. Acredite: as eleições de 2024 já começaram. Só não vê quem não quer.